"Eu não acho que a Argentina sofre de 'Messidependência'". A frase de Edgardo Bauza na entrevista coletiva depois da vitória sobre o Chile, por 1 a 0, gol do camisa 10, contradiz a realidade. E não apenas na falta de jogadas criadas pelo ataque, mas as estatísticas também desmentem o comandante.
Desde a sua estreia com a 'albiceleste', quase 12 anos atrás, a presença do cinco vezes melhor do mundo mudou a cara da seleção. Rumo a Rússia, nas Eliminatórias Sul-Americanas, a impressão é que sem Messi, o time não estaria na zona de classificação para a Copa do Mundo de 2018.
Com 'La Pulga' em campo, a Argentina foi quase perfeita: ganhou cinco dos seis jogos - apenas perdeu para o Brasil, como visitante -, garantindo 83% dos pontos em jogo (15 de 18). Messi marcou quatro gols e ajudou em outros dois.
Já sem ele: só conseguiu 33% dos pontos (7 de 21), uma única vitória na Colômbia, quatro empates, Paraguai, Brasil, Venezuela e Peru, e duas derrotas em casa, contra Equador e Peru, em que a equipe marcou seis gols e sofreu oito.
Embora Bauza não reconheça, talvez para não ofuscar o trabalho do resto da equipe, a 'Messidependencia' da Argentina é uma realidade que, ao mesmo tempo, garante a passagem para a próxima Copa do Mundo, mas alerta para a falta de coletividade, algo que Tite parece ter resolvido na Seleção Brasileira.