Desde o duelo contra o San Lorenzo, que culminou na eliminação do Flamengo na Copa Libertadores da América, o 'Rubro-Negro' vem apresentando um futebol feio, diferente daquele time que vimos iniciar a temporada. Contra o Atlético-PR, neste domingo, a equipe esteve desorganizada em campo e, apesar de sair na frente no placar, mostrou fragilidade e falhas que precisam ser solucionadas rapidamente para que o time não se distancia dos primeiros colocados.
Vale ressaltar que o Flamengo atuou com alguns desfalques mas os que realmente fazem falta são Diego e Everton. Sem o camisa 35, o time perde a qualidade no meio-campo, a virada de bola e o passe mais inteligente, sem o camisa 22, o 'Rubro-Negro' sente falta do jogador de velocidade capaz de chegar no ataque com mais qualidade que os demais.
Atuando num 4-4-2, Zé Ricardo optou por colocar Arão e Matheus Sávio caindo pelas pontas com Mancuello fazendo o meio-campo e Márcio Araújo e Cuellar cuidado do combate e da saída de bola. Não funcionou, o jogo ficou muito corrido e um buraco se formou no meio. A troca de passes era bem burocrática, sempre para o lado e muito pouca ou praticamente zero criatividade no setor.
Ainda assim o Flamengo achou o gol com Mancuello de cabeça, mas se assustava atrás com as chegadas de Grafite salvadas pela trave. No segundo tempo quando parecia que o 'Fla' voltaria melhor, trocando mais passes e procurando os passes, Weverton defendeu cabeçada de Guerrero e na sequência, Thiago Heleno empatou a partida.
Quando decidiu colocar Vinicius Junior, o Flamengo melhorou, sem medo, o menino resolveu arriscar um drible aqui, um chute de fora da área ali, nada que fosse suficiente para o Flamengo vencer a partida, mas vale lembrar que ele tem apenas 16 anos e tomou a iniciativa num time que parece apático em campo.
Por fim, Paolo Guerrero ainda perdeu a oportunidade de dar a vitória ao Flamengo, após receber belo passe dentro da área e livre de marcação, furou e não conseguiu dominar a bola. O Flamengo saiu de campo com um empate, resultado que não parece ruim contra um adversário que costuma complicar a vida dos cariocas na Arena da Baixada.
Mas o torcedor segue com a eliminação na Libertadores atravessada na garganta, não apenas pelos resultados até aqui mas principalmente pelo futebol apresentado e pela postura dos atletas dentro de campo, apático.