O Barcelona mostrou na última quinta-feira (19) uma cara nova em Anoeta, contra o Real Sociedad, pelas quartas de final da Copa do Rei. Em um jogo pouco vistoso, os catalães apresentaram a sua versão mais pragmática para quebrar finalmente a longa maldição do Anoeta.
Não foi, de longe, o melhor jogo do Barcelona, nem do 'MSN', ou de qualquer outro catalão. Acostumados a noites mágicas do tridente, desta vez nós vimos apenas sombras. Um Suárez lutador, um Messi rebelde e um Neymar eficiente, mas todos ainda longe do seu melhor nível. O resultado final foi positivo, e talvez seja hora de aceitar esta alternativa e deixar as obras de arte para exposições temporárias, não permanentes.
O início não foi promissor. O time de Luis Enrique sabia que tinha que mudar as coisas, sair da pressão com sucesso para evitar o sufoco desde o início. A intenção foi boa, mas o resultado nem tanto. Neymar converteu um pênalti sofrido por ele mesmo e o gol não melhorou muito a situação do time, mas contribuiu com tranquilidade, talvez pela primeira vez em muitos jogos em Anoeta.
E sem jogar um grande primeiro tempo, os catalães sobreviveram graças à calma, o ritmo de Iniesta e Messi para quebrar o ritmo frenético do rival. Depois do intervalo, André Gomes ocupou o posto de Iniesta e teve um bom desempenho, apesar de não ser igual a Iniesta, que é único em todos os sentidos, além de só a sua presença já impor respeito.
Pouco a pouco, os catalães confiaram muito no 'MSN', na velocidade, e a imprecisão os fizeram perder o controle do jogo. Os ataques do Real eram rápidos e recuperavam a bola rapidamente, até que começaram a acreditar. O incomodo voltou e junto com ele os fantasmas de Anoeta. Messi perdeu influência e os ataques do Barça diminuíram. As tentativas solitárias de Neymar não surtiam efeito e Suárez mal podia lutar com os zagueiros. Não foi um bom jogo, nem houve qualquer movimentação, mas pela primeira vez em muito tempo, o Barcelona não sofreu em Anoeta.