"Não tem nada com a renovação de Messi. Quero tranquilizar a todos. Acontece com discrição. Não posso explicar os detalhes, mas, sim, que estamos falando com seus empresários. É o melhor do mundo. Quer seguir e, para nós, é imprescindível que fique". Com essas palavras Josep Maria Bartomeu, presidente do Barcelona, quis mandar uma mensagem de calma aos torcedores em uma semana marcada pelas polêmicas e dúvidas sobre a continuidade do argentino no Camp Nou.
Primeiro foi Oscar Grau, vice-presidente executivo do clube, quem pediu calma e assegurou que "há que ter cabeça fria". As declarações não caíram nada bem no vestiário, que mostrou descontentamento com a diretoria. Mas a coisa foi pior dois dias depois, quando o diretor Pere Gratacós, depois do sorteio da Copa del Rey, surpreendeu anunciando que "Messi não seria tão bom jogador sem Iniesta, Neymar, Piqué e companhia". Umas horas depois, Gratacós foi destituído, em uma decisão da diretoria.
Enquanto seguem as declarações redundantes e ambíguas - parece que somente o presidente deseja renovar com Messi - os elogios ao argentino chovem de figuras inesperadas. O último foi Raúl González. O ex-jogador do Real Madrid felicitou o argentino por igualar a sua marca de fazer gols em 35 adversários distintos em La Liga. É certo que Raúl é, agora, embaixado de La Liga e não fala como diretor do Real Madrid, mas ninguém o obriga a utiliza sua conta de Twitter.
A decisão, obviamente, incomodou muitos madridistas. Especialmente os mais radicais, os que não entendem que há coisas acima das rivalidades. A contradição é o fato de um ídolo do Santiago Bernabéu demonstrar publicamente mais respeito que a diretoria do Barcelona.