A rotatividade no banco de reservas do Atlético Mineiro é extremamente elevada. Desde que Daniel Nepomuceno sucedeu Alexandre Kalil como presidente, cinco técnicos estiveram à frente da equipe. Mas será que a culpa é dos treinadores?
A atual gestão se iniciou em janeiro de 2015. À época, o mandatário optou pela manutenção de Levir Culpi, campeão da Copa do Brasil 2014. O trabalho do treinador culminou no título mineiro, no vice-campeonato brasileiro e em eliminações na Copa do Brasil e Libertadores da América.
Durante a gestão de Nepomuceno, o 'Galo' de Levir fez 61 partidas, obtendo 32 vitórias, 11 empates e 18 reveses. O técnico alcançou 58,46% de aproveitamento no time de Belo Horizonte.
Após uma boa temporada, o presidente alvinegro optou pela demissão de Levir Culpi. Uma reunião às vésperas da 37ª rodada do Campeonato Brasileiro selou a saída do comandante. A conversa, ocorrida na residência do dirigente, magoou o técnico, que preferiu deixar o time antes do fim do principal torneio nacional.
A justificativa não se tornou pública, mas a desgastada relação de Luiz Matter, auxiliar técnico de Levir Culpi, com o elenco foi preponderante para a saída da Cidade do Galo.
O escolhido para a vaga do treinador foi Diego Aguirre. A passagem do uruguaio por Belo Horizonte, no entanto, foi breve e durou pouco mais de cinco meses. Contratado em dezembro, logo após o Campeonato Brasileiro, treinou o time por 31 jogos, com 16 vitórias, sete empates e oito derrotas. O rendimento - 59,13% - foi crucial para a queda do estrangeiro.
As eliminações no Campeonato Mineiro - diante do América-MG na final - e na Copa Libertadores - contra o São Paulo - acarretaram na saída do técnico estrangeiro da Cidade do Galo. O discurso oficial é de que ele tomou a iniciativa para deixar o clube, mas foi uma decisão da cúpula.
Marcelo Oliveira entrou na vaga de Diego Aguirre na Cidade do Galo. O treinador até fez uma campanha razoável em termos de números - classificou-se para a Copa Libertadores da América por meio do Brasileirão e chegou à final da Copa do Brasil. Em 42 jogos, o técnico obteve 18 triunfos, 14 igualdades e 10 derrotas. Ele terminou a sua passagem pelo clube com 53,96% de aproveitamento.
O técnico que iniciou a carreira nas divisões de base do Atlético Mineiro acabou demitido depois do jogo de ida da final da Copa do Brasil. O time perdeu para o Grêmio por 1-3 em pleno Mineirão. O revés acarretou da dispensa de Oliveira.
Roger Machado foi contratado pelo 'Galo' entre os dois jogos da decisão. Contudo, só iniciou o seu trabalho em janeiro deste ano. O início em Belo Horizonte parecia promissor, sobretudo depois do título do Campeonato Mineiro diante do arquirrival e da classificação com melhor campanha na fase de grupos da Libertadores. Os resultados no Campeonato Brasileiro, porém, aumentaram a pressão sobre o treinador, que acabou demitido após um revés para o Bahia em pleno Independência.
Ele ficou à frente do Atlético Mineiro em 43 partidas, obtendo 23 vitórias, nove empates e 11 derrotas. O técnico obteve 60,46% de aproveitamento neste período na Cidade do Galo.