"Enfim chegou o grande dia. Sei do cuidado que todos tiveram comigo e fico muito feliz. Saio feliz, saio forte, praticamente curado de tudo. Saio até com o coração um pouco apertado", declarou o jogador aos jornalistas.
O ex-goleiro da Chapecoense encarou sua recuperação com positividade: "Eu sempre fui uma pessoa alegre, brincalhona. Esse momento não era pra pensar que 'meu mundo acabou'. Estou muito feliz pela minha vida", disse.
Follmann, de 24 anos, é um dos seis superviventes do acidente aéreo ocorrido o 30 de novembro que acabou com a vida de 71 pessoas. A Associação Chapecoense de Futebol viajava a Medellín para jogar a partida de ida da final da Taça Sul-Americana contra o Atlético Nacional.
O goleiro se submeteu a várias cirurgias na Colômbia, onde sofreu a amputação de parte da perna direita.
"Primeira coisa que eu quero fazer é poder comer um churrasco. Poder sair, sentir o ar e o carinho das pessoas. A gente sabe que hoje a gente é fonte de inspiração para as pessoas. E eu fico muito feliz. Espero que eu possa agregar alguma coisa de bom para as pessoas", declarou aos meios.
Ainda teve palavras para a equipe médica que o atendeu em Chapecó desde o 17 de dezembro: "Foram anjos da guarda. Se não fossem por eles nós não estaríamos aqui".
No sábado (21), o jogador esteve presente na Arena Condá para acompanhar o primeiro jogo oficial da Chapecoense depois da tragédia.
"Para mim, é muito importante. Era o que eu sabia fazer. Fico muito emocionado, muito feliz. Esse carinho, a gente sabe que é de coração mesmo. Agora a vida segue. Tenho certeza de que a gente vai fazer coisas muito grandes, para a gente e para as outras pessoas. A gente quer, pelo menos, acrescentar algo à vida de outras pessoas", disse.
Sobre o futuro profissional, Follmann falou que pretende continuar na Chapecoense. "Eu ainda não imagino minha função dentro do clube. Mas eu quero crescer junto a Chapecoense. Eu quero levar a Chape por esse mundo a fora. Crescer dentro do grupo".
Follmann será homenageado na quarta-feira (25) no jogo entre Brasil e Colômbia, no qual se arrecadarão recursos para as famílias das vítimas do acidente, e depois irá a São Paulo para se submeter a um tratamento de adaptação a uma prótese.