'Gabigol' é o último (grande) reforço do Benfica no mercado de verão na Europa. Empréstimo válido por um ano, com opção de compra de 25 milhões de euros. Um atacante que precisa de um novo clube mais do que o clube precisa de um novo atacante. A ordem, na verdade, agora pouco importa.
Com futebol para ser acima da média em Portugal, o brasileiro deixa o Inter de Milão e chega à Luz ciente de que tem capacidade de sobra para ser titular absoluto, seja como primeiro ou segundo homem no ataque. Mas a teoria é uma coisa, a prática é outra. Hoje, no time comandado por Rui Vitória, Jonas e Seferovic são quase que intocáveis. Isso sem falar na sombra do reserva imediato Jiménez, a contratação mais cara da história dos 'encarnados'.
Para 'Gabigol' chegar, Mitroglou precisou sair (vendido para o Olympique de Marselha). Uma aposta de risco da diretoria das 'águias', visto que o grego vinha cumprindo com excelência o papel de artilheiro (88 jogos e 52 gols). Não é exagero dizer que nenhum outro atacante do elenco fazia tão bem o papel de camisa nove de ofício.
O ex-santista, por sua vez, vem de uma primeira temporada decepcionante na Itália. Fez dez jogos oficiais e balançou a rede em apenas uma oportunidade. Muito pouco para um campeão olímpico que pintou como craque na Vila Belmiro e fez muitos acreditarem que Neymar havia encontrado o companheiro ideal na selação brasileira, mesmo com a explosão de Gabriel Jesus no Palmeiras e, posteriormente, no Manchester City.
Clube novo, vida nova. Porém, os desafios de Gabigol seguem os mesmos de quando assinou por cinco temporadas pela Inter de Milão: provar que a boa impressão causada no Santos não foi obra do acaso e, não menos importante, assumir responsabilidades dentro e fora das quatro linhas.