Basta comprovar, recorrendo ao passado, que o dinheiro hoje movimentado no mundo do futebol atingiu limites impensáveis.
Há duas décadas, Ronaldo, Zidane, Shearer ou Romário trocaram de equipe no mesmo verão. Entre os quatro, apenas movimentaram algo como 40 milhões de euros (cerca de 146 milhões de reais ao câmbio atual). Hoje, essa quantidade é impossível para o Manchester City contratar um defesa...
As loucuras mudaram. O futebol move quantidades estratosféricas, até ao ponto de que o PSG pretenda ativar a cláusula de 222 milhões de euros (cerca de 814 milhões de reais ao câmbio atual) de Neymar. Quase 200% mais do que o Barcelona pagou em 1996 para assegurar Ronaldo Nazário, o melhor jogador do momento e um dos melhores atacantes que o futebol conheceu.
Nesse mesmo verão, Alan Shearer se converteu na contratação mais cara da Europa, depois de assinar pelo Newcastle a troco de 18 milhões de euros (cerca de 65 milhões de reais ao câmbio atual). Ronaldo custou 15 milhões de euros (cerca de 54 milhões de reais ao câmbio atual) ao Barcelona, Romário saiu por 6(21) para o Valencia e Zidane por 5(18) para a Juventus.
The most expensive signings of the 1996 Summer Transfer Window...
— Transfer Talk (@EPLBible) 24 July 2017
...how times have changed. pic.twitter.com/kExYRZovZr
Estrelas mundiais que trocaram de equipe por um preço que hoje não serviria para pagar um empréstimo. O Real Madrid pagou 13 milhões de euros (cerca de 47 milhões de reais ao câmbio atual) pela dupla de atacantes formada por Suker e Mijatovic.
Eram outros tempos, nunca é demais voltar ao passado para perceber no negócio megalómano que o futebol se tornou na atualidade.