O que já era esperado se concretizou. Na tarde desta segunda-feira (9), Cristiano Ronaldo foi premiado pela quarta vez como o melhor jogador do mundo. Desta vez, apenas pela Fifa, sem parceria com a 'France Football', no 'The Best Fifa Football Awards'. O futebolista português, que em dezembro já tinha ganho sua quarta Bola de Ouro, agora ganha sua quarta honraria com a chancela da entidade máxima do futebol mundial.
A vitória de CR7 era esperada diante do espetacular ano do português em 2016. Como o próprio atacante afirma: a melhor temporada de sua carreira. O camisa 7, afinal, foi o artilheiro e o grande nome do Real Madrid na conquista de mais uma Uefa Champions League. Depois, liderou Portugal e foi fundamental no inédito título da Eurocopa. Para fechar o ano, anotou um hat-trick na final do Mundial de Clubes, contra o Kashima Antlers, conquistando mais um título e sendo eleito o craque da competição.
Relembrando a temporada mágica, CR7 fez incríveis 16 gols no caminho para a conquista da Champions League —a sua terceira no principal troféu de clubes europeus. Cinco destes tentos foram anotados no mata-mata. Ainda vale lembrar que o gol marcado na disputa por pênaltis com o Atlético de Madrid, que selou o título e o retorno da ‘Orelhuda’ para o Santiago Bernabéu, não foi contabilizado... mas já está na história do esporte.
Já no Campeonato Espanhol da temporada 2015-16, CR7 ficou na vice-liderança com cinco bolas na rede a menos que Luis Suárez, do Barcelona, e a 11 de vantagem em relação a Lionel Messi. O título nacional, no entanto, ficou com o arquirrival da Catalunha. Cristiano só não fez gols pela Copa do Rei, porque os 'merengues' foram desclassificados sem que ele nem mesmo jogasse (tudo graças a escalação irregular de Cheryshev).
Após a conquista da Champions, veio a Eurocopa. Mas se o poderio do conjunto madridista assusta, o mesmo não acontece quando o assunto é a seleção portuguesa. Mesmo assim, o peso da responsabilidade bateu quando a classificação para as oitavas de final ficou ameaçada. Foi aí que o camisa 7 fez sua melhor exibição no certame, marcando dois gols no empate em 3 a 3 com a Hungria. Na semifinal, foi com gol seu que os lusos passaram pelo País de Gales para enfrentar a França —favorita e dona da casa— na decisão.
CR7 deixou a final ainda no primeiro tempo, por causa de uma lesão, mas ajudou a inspirar seus companheiros a um título inédito, que veio graças ao gol de Éder, herói improvável, na prorrogação. Vital tecnicamente dentro de campo no caminho para o último jogo, o gajo foi um líder dentro e fora das quatro linhas o tempo inteiro na França, como a decisão deixou claro.
Após a conquista épica e inédita da Eurocopa, CR7 focou em se recuperar da lesão, e perdeu alguns jogos da atual temporada. Talvez por isso tenha vivido uma de suas maiores secas de gols no Real Madrid, o que não quer dizer que tenha balançado pouco as redes: em 19 jogos, foram 16 gols. O título do Mundial de Clubes também foi garantido praticamente às suas custas. Enquanto a equipe de Zidane apresentou dificuldades, CR7 fez quatro gols em dois jogos, sendo três somente na final contra o Kashima Antlers. Não à toa, foi eleito o craque da competição, fechando o ano com mais um título coletivo e mais um troféu individual.
Considerando todo o ano de 2016, de janeiro a dezembro, foram incríveis 55 gols e 17 assistências em 57 partidas disputadas. Em 62 jogos, Lionel Messi balançou mais as redes no mesmo período (59 gols e 32 assistências), mas não colecionou conquistas tão importantes quanto o seu grande rival. Por isso, Cristiano Ronaldo mereceu, como nunca, receber o prêmio 'The Best'.