Logo após o empate por 2-2 contra o Coritiba, pela sexta rodada do Brasileirão, Jair Ventura previu que a soma entre um elenco curto com o calendário apertado lhe cobraria uma conta.
“Estamos chegando na parte mais importante sem jogadores. Eu tinha o Sassá, agora só o Roger... no momento mais importante do ano, estou perdendo jogadores. Vamos lá. E eu sei quem vai pagar a conta: sou eu”, disse à época.
O prognóstico do treinador do Botafogo foi acertado, e na semana em que o clube vai para o Uruguai disputar o primeiro jogo das oitavas de final da Libertadores contra o Nacional, o 'Glorioso' vem em sua pior sequência sob o comando de Jair: três derrotas seguidas [Avaí e Corinthians, pelo Brasileirão, e Atlético-MG pela Copa do Brasil]. Três partidas separadas por seis dias.
No entanto, ainda que os reforços pedidos ainda não tenham chegado – ao contrário, causaram até mesmo algum incômodo por parte da diretoria, que briga com o orçamento curto – o Botafogo mostrou um bom volume de jogo contra Avaí e Atlético-MG. Contra o Corinthians, a equipe conseguia segurar o empate até a metade final do segundo tempo, com grande atuação do goleiro 'Gatito' Fernández. E isso com uma equipe alternativa.
Mas se o modelo de jogo da equipe mostrou segurança, a falta de atacantes vem se mostrando fatal ao 'Alvinegro': o ataque não balançou as redes nos últimos três compromissos e vai ter que se superar no desafio que será as oitavas da Libertadores.
Um dos clubes que menos aproveitamentos em conversão de gols por chances criadas na Libertadores (10,87%), o Botafogo não contará com reforços no ataque diante da melhor defesa dentre os clubes que avançaram para o 'mata-mata'.
Com o alívio financeiro após as saídas de nomes como Canales e Montillo, o clube se movimenta por reforços no ataque. Nomes como Léo Valencia, Marcos Riquelme, Vagner Love, Thiago Marques e Luciano são alguns constantemente ventilados em General Severiano. Entretanto, nenhum deles estará e campo em um dos jogos mais importantes do ano alvinegro.