Botafogo e Barcelona de Guayaquil decidirão, às 21h45 desta quinta-feira (20), qual equipe seguirá líder do Grupo 1 da Libertadores da América. A partida será disputada no Equador, local onde o Glorioso tem retrospecto positivo, fez história em uma exibição memorável e ainda compartilha um grande ídolo em comum com o adversário desta noite.
Tanto o Barcelona quanto o Botafogo venceram nos dois primeiros compromissos pela fase de grupos, contra Estudiantes de La Plata e Atlético Nacional, e somam os mesmos seis pontos. A partida desta quinta-feira é aguardada com expectativa por alvinegros e ‘canários’ [como são conhecidos os torcedores da equipe equatoriana], mas se depender do histórico dos cariocas o botafoguense tem margem para ficar otimista.
Em dez partidas contra times equatorianos, o esquadrão de General Severiano venceu cinco vezes, perdeu três e empatou duas. As vitórias mais expressivas foram contra um combinado da província de Pichincha e sobre o Barcelona, exatamente o adversário desta noite: 5 a 0.
Nesta goleada sobre, em 1963, brilhou a estrela que mais fez o Botafogo conhecido em todo o mundo: Mané Garrincha, que estufou as redes duas vezes naquele dia 16 de janeiro e fez até mesmo os torcedores do Barça local rirem do próprio lateral-esquerdo, Luciano Macías, que não conseguia de jeito nenhum parar o camisa 7.
Garrincha, aliás, é um responsável indireto por um acontecimento importante na história do Barcelona Sporting Club. É que, encantados com o futebol brasileiro após o bicampeonato mundial de 1962 [que teve no jogador do Botafogo o melhor jogador], a equipe equatoriana passou a apostar na contratação de jogadores brasileiros.
Foi uma prática que durou algumas décadas, e transformou dois ex-botafoguenses em grandes ídolos do clube. O atacante Victor Ephanor, revelado pelo Glorioso, defendeu os canários de 1977 até 1981 e conquistou dois títulos nacionais. No ano de sua despedida, chegou aquele que muitos consideram o maior goleiro que já vestiu a Estrela Solitária ao peito: Manga.
Personagem tão folclórico quanto competente, Manga fez história em quase dez anos de clube. Jogou ao lado de Zagallo, Didi, Nilton Santos, Garrincha, Amarildo e tantos outros que escreveram a famosa história botafoguense nos anos 60. E se começou a brilhar justamente em General Severiano, no final de sua carreira se despediu como ídolo do Barcelona. No Equador, onde mora até os dias de hoje, o pernambucano conquistou o campeonato de 1981.
Nesta quinta-feira (20), o Botafogo vai em busca de mais uma vitória com o mesmo time que bateu o Atlético Nacional na última semana. Walter Montillo e Airton seguem no departamento médico, com a seguinte escalação: Gatito; Emerson Santos, Carli, Emerson Silva e Victor Luis; Bruno Silva, Rodrigo Lindoso, João Paulo e Camilo; Rodrigo Pimpão e Roger. Técnico: Jair Ventura.
Copa do Brasil: confira o adversário do Botafogo! Tudo sobre o Glorioso! Que isso, Bruno Silva?!?!