Messi, o devorador de selecionadores

A história de Leo Messi com a Argentina é, talvez, o único espinho de toda a sua carreira. O argentino só conseguiu ganhar as Olimpíadas de Pequim com a 'albiceleste', ficando com vontade de mais em até três finais que jogou com a sua Seleção.

Messi foi para a Argentina com José Pékerman que, depois de conseguir ganhar três Campeonatos do Mundo Sub20, teve a oportunidade de dirigir a bicampeã do mundo. Depois de cair em quartas de final da Copa do Mundo da Alemanha, Alfio Basile deu-lhe o banco da 'albiceleste'.

Chegou à final da Copa América em 2007, mas perdeu para o Brasil por 3 a 0 e entrou numa crise de resultados que obrigaria a renunciar ao ex-Boca Juniors na segunda etapa, na Argentina.

Foi então quando aterrizou o sempre polêmico Diego Armando Maradona. 'El Pelusa' tentou transferir sua experiência para seus jogadores, mas a Alemanha destruiu seu sonho com uma goleada histórica. Por isso, AFA optou por não renovar seu contrato.

Sergio Batista foi seu substituto num mandato curto. Seu único sucesso foi vencer por 4 a 1 num amistoso jogado com a campeã do mundo, a Espanha. Caiu em quartas de final da Copa América de 2011 diante do Uruguai e disse adeus ao banco argentino.

Surgiu então a melhor Argentina desde a entrada de Messi com Alejandro Sabella. A 'albiceleste' arrasou nas eliminatórias e se classificou primeira para a Copa do Mundo do Brasil. Ali, Messi e companhia não puderam dobrar a Alemanha na grande final e perderam a oportunidade de estampar outra estrela na sua camisa.

A AFA apostou depois de um novo fracasso por 'Tata' Martino. O ex do Barcelona levou a duas finais da Copa América consecutivas a Argentina, mas perdeu ambas na disputa de pênaltis contra o Chile. O treinador demitiu descontente com a AFA e com as reiteradas faltas de pagamento.

Bauza foi o último na lista de técnicos que contaram com o privilégio de ter Leo Messi à sua disposição na Argentina. Ainda que, com só oito partidas à frente da Seleção, Bauza não pode tirar proveito do rendimento nem de Messi, nem da 'albiceleste'.

Obviamente, a responsabilidade  destes fracassos não é de Leo Messi. Sem ele, as finais alcançadas pela 'albiceleste' poderiam não ter chegado nunca, mas chama a atenção o número de selecionadores que não souberam potenciar o rendimento da Argentina com um dos melhores jogadores de todos os tempos.

Será que o próximo técnico coroará Messi na Argentina? E será este Sampaoli?