É claro que uma hora o Corinthians não conseguiria manter a impressionante sequência invicta, mas não deixa de ter sido surpreendente que tenha reencontrado a derrota ao enfrentar o Vitória.
Não que o nome do Leão de Salvador tenha alguma influência nisso [a não ser na curiosidade], mas por ter sido um duelo entre o líder do Brasileirão, em seus domínios, contra uma equipe que luta contra o rebaixamento.
O gol marcado pelo colombiano Santiago Tréllez acabou com uma sequência que durou 34 jogos. Mas o que, dentro da história do Corinthians e do futebol brasileiro, o final desta sequência significou?
A equipe treinada por Fábio Carille esteve muito perto de tomar a dianteira na maior invencibilidade da história corintiana. Entretanto, ficou a três partidas de igualar os 37 embates que o 'Timão' treinado por Oswaldo Brandão conseguiu em 1957 – um time que também contava com o goleiro Gilmar dos Santos Neves, imortal bicampeão do mundo com a Seleção brasileira.
Uma curiosidade que pode animar os torcedores do Alvinegro Paulista é que, embora tenha acumulado 37 partidas sem derrotas, o Corinthians não foi campeão naquele ano – na realidade, voltaria a levantar um troféu apenas em 1977.
Uma coincidência em relação ao Corinthians de 1957 foi o Botafogo de 1978. O 'Glorioso' é dono da maior sequência invicta do Campeonato Brasileiro e do nosso país - empatado com o Flamengo, que nessa mesma lista tem um número maior de amistosos.
Em 1978, o time treinado por Zagallo ficou 24 partidas sem derrotas no Brasileirão. Mas como a fórmula de disputa era bem diferente em relação à atual, o clube de General Severiano ficou longe do título.
Como seguiu invencível no ano seguinte, o Botafogo chegou a 42 jogos sem derrotas no Brasileirão e estipulou a maior invencibilidade até hoje no futebol brasileiro ao contabilizar 52 partidas sem perder. A lista do Flamengo, de 52 jogos invencíveis, contou com 19 amistosos [em relação a 8 amistosos do rival alvinegro].