A experiência é um mestre feroz, como dizem. O Barcelona foi dominado nos dois últimos jogos, contra o PSG e o Leganés. O que poderia ter sido um acidente no Parc des Princes mostrou sinais de ser algo muito mais grave no Camp Nou. O time catalão precisa se reinventar nos últimos três meses da temporada, o momento onde os títulos são decididos.
O clube e seu treinador não vão desistir nesta fase da campanha. Ter um jogador como Leo Messi é inspirador, principalmente se Luis Enrique utilizá-lo em um 4-2-3-1, formação com a qual jogou os 45 minutos finais em Paris, dando mais liberdade para o argentino. O resultado, em parte, não foi melhor. Foram dois gols na primeira metade do jogo e mais dois na outra etapa. Mas pode ser visto um fio de esperança.
Ao contrário de Pep Guardiola, Luis Enrique nunca esteve sob o comando de Johan Cruyff ou conheceu diretamente o 3-4-3 com o qual o ex-treinador surpreendeu os rivais. Pelo contrário, tem uma filosofia diferente, se adaptou ao estilo holandês, característica barcelonista há 20 anos. Mas desta vez, antes de ser demitido, pode tentar mudanças. Recuar Neymar e Messi, dar mais liberdade para o camisa 10, pode ser uma solução.
"Eu não posso falar do jogo de volta agora", disse um desanimado Andrés Iniesta na zona mista do Parc des Princes. Sergio Busquets, mais auto-crítico, admitiu que "temos que nos superar taticamente". No domingo (26), contra o Atlético de Madrid, o Barça precisa jogar bem, e de alguma forma se reformular, reinventar, ou não terá chance nenhuma contra o PSG, pela Champions League ou no Campeonato Espanhol.