O Santos voltou a dar uma resposta dentro de campo nesta quarta-feira, na vitória por 3-2 contra o Atlético-PR, em partida de ida válida pelas oitavas de final da Copa Libertadores, e deu um grande passo para avançar à próxima fase. Isso porque o time desde que passou a ser comandado por Levir Culpi - sem levar em consideração os jogos quando Elano foi interino - a equipe vinha oscilando.
Desde que Levir passou a comandar o 'Peixe' do lado de fora do gramado, foram seis jogos: duas vitórias (Palmeiras e Vitória), dois empates (Ponte Preta e Atlético-GO) e duas derrotas (Sport e Flamengo). Porém, mesmo quando triunfou, principalmente contra o 'Verdão' pelo Brasileirão, o time não conseguiu convencer.
A equipe já demonstra algumas mudanças se comparada quando era comandada por Dorival Júnior, principalmente no quesito marcação. O Santos tem sido mais aplicado defensivamente, ainda que alguns jogadores, como Bruno Henrique, precisem se dedicar um pouco mais. Além disso, o elenco santista tem consciência que Levir Culpi tem metodologia diferente de trabalho, mandando a campo sempre quem estiver melhor, não bastando apenas ter "nome". Então, a dedicação de todo o time santista tem se destacado.
Os contra-ataques também voltaram a ser forte arma santista, com destaque para Lucas Lima, que tem ditado o ritmo das partida e, assim como nesta quarta-feira, tem tido participação decisiva, como com a assistência que deu para o gol de empate de Kayke.
Porém, dentro dessa postura do 'Peixe', há algo preocupante: com a nova forma de jogar, o Santos propõe menos o jogo, atuando em casa como fora, e acaba chamando o adversário 'para cima', o que acabou fazendo com que o time saísse derrotado em algumas partidas que, se fosse mais audacioso, poderia ter tido uma sorte melhor.
A vitória do Santos sobre o 'Furacão' faz com que a equipe fique perto da classificação à próxima fase da Copa Libertadores. Mas, se deu uma resposta em um momento de oscilação, terá a chance de dar um resultado dentro da Vila Belmiro: um triunfo para voltar a mostrar sua força dentro de casa - levando em consideração que a equipe não tem tido o mesmo desempenho dos últimos anos dentro de seus domínios - e até à própria torcida santista, que como o técnico Levir Culpi disse em entrevista coletiva após o jogo, anda "afastada".