O primeiro a deixar o comando de sua equipe foi Cuca. Ele pediu demissão na tarde desta quinta-feira (26), um dia após a derrota para o Goiás em pleno Morumbi. Protestos da torcida e a cobrança interna fizeram o treinador abandonar o projeto.
O agora ex-treinador do São Paulo deixou o cargo com um aproveitamento de 47,4% após nove vitórias, dez empates e sete derrotas. Nesta sexta-feira, o clube já anunciou que seu substituto será Fernando Diniz, que recentemente foi demitido do Fluminense e fará sua estréia contra o Flamengo na próxima rodada do Campeonato Brasileiro.
Falando no tricolor carioca, também há mudança no comando das Laranjeiras. Após uma passagem relâmpago como treinador do Flu, Oswaldo de Oliveira foi demitido nesta sexta-feira após o empate da noite anterior contra o Santos no Maracanã. Ele deixa o clube junto dos auxiliares Luiz Alberto da Silva e Sidney Morais
A partida foi marcada pela polêmica discussão envolvendo o técnico e Paulo Henrique Ganso. Com isso, acaba sua curta experiência no comando da equipe. Foram apenas 39 dias no cargo, com duas vitórias, dois empates e três derrotas. Segundo 'Globo Esporte', Cuca é o nome cogitado para assumir o comando, mas no próximo domingo o auxiliar-técnico Marcão será o treinador diante do Grêmio.
Outro caso de técnico encerrando uma passagem relâmpago é o de Rogério Ceni. Após atrito com jogadores, com direito a troca de farpas em declarações públicas com Thiago Neves, o ex-goleiro do São Paulo foi demitido.
Ceni deixou o Fortaleza em agosto para tentar levar o Cruzeiro à final da Copa do Brasil. Mas sua experiência em Belo Horizonte durou somente oito jogos, nos quais somou quatro derrotas, um empate e duas vitórias. Nesta sexta-feira, o clube já confirmou a chegada de Abel Braga.
Para concluir, o próprio Fortaleza voltou a trocar de comando. Zé Ricardo, que assumiu após Ceni ir ao Cruzeiro, teve desempenho decepcionante e foi demitido nesta sexta-feira. Em sete partidas, somou uma vitória, quatro derrotas e dois empates.
Ao que tudo indica, Rogério Ceni será o novo treinador, retornando ao projeto que havia resultado em três títulos e que foi abandonado com a ambição de assumir um desafio numa equipe de maior tradição.
Um terremoto derrubando técnicos na elite do futebol brasileiro, que segue acostumado com essas passagens relâmpago e esse carrosel com idas e vindas. Foram 24 horas de fim de projetos e mudanças de planos que não tiveram tempo de se desenvolverem.
É demonstração mais clara possível da falta de paciência e convicção que caracterizam o futebol brasileiro, comprometem anualmente temporadas de clubes e frustram sonhos de torcedores.