O Santos teve uma atuação de empolgar diante do The Strongest. Não por ter mostrado o futebol plástico dos últimos anos, mas por atuar de forma que a Libertadores pede em determinadas situações, principalmente em território hostil: foram superadas a altitude, o cansaço, as provocações e a pressão em La Paz. O resultado, classificação garantida e único time brasileiro invicto.
Sem Ricardo Oliveira - que iniciou o jogo no banco, mas sequer voltou com os suplentes após o intervalo por não ter se sentido bem na altitude - Dorival Júnior mandou a campo um time que apostaria nos contra-ataques, apostando na velocidade de Bruno Henrique, Vitor Bueno e Vladimir Hernández.
Mas durou pouco o pensamento do treinador, que viu Bruno Henrique ser expulso após, primeiro, reclamar de pênalti não marcado em Hernández e levar amarelo, para, depois chegar solando em Chumacero, e acabar recebendo o vermelho. O time boliviano, então, começou a provocar para enervar os brasileiros.
O que já era difícil, ficou mais complicado quando Chumacero abriu o placar aos 39. E com o The Strongest pressionando após o retorno do intervalo, ficando ainda mais perto de ampliar. Mas o Santos tinha o contra-ataque. E foi necessário um para o 'Peixe' empatar. Lucas Lima, que segue com boas atuações no campeonato sul-americano, deu assistência para Vitor Bueno - que aos poucos vai reencontrando seu melhor futebol - deixar tudo igual.
Só que ainda tinha mais drama e Vanderlei acabou derrubando Pedrozo dentro da área. Em tom provocativo, Escobar bateu a penalidade como uma cavadinha, mandou para fora e quem acabou comemorando foi o 'Alvinegro Paulista', que segurou o empate e garantiu a vaga à próxima fase da Libertadores em um jogo que tinha tudo a perder. No vestiário, o elenco comemorou com oxigênio.