Ele era o grande favorito e as pesquisas confirmaram. Joan Laporta Estruch, nascido em 29 de junho de 1962, é o novo presidente do Barcelona FC. O catalão superou Víctor Font e Toni Freixa, os outros dois candidatos à presidência do Barça, nas eleições. Nenhum deles poderia surpreender um Laporta que retorna ao poder depois de uma década.
Apesar de ter sido ele quem largou na 'pole position' na luta pela presidência, tal vitória contundente não era esperada por Joan, que alcançou mais de 57% dos votos dos sócios. Na segunda posição ficou Font, que alcançou um valor próximo a 31%, enquanto Freixa recebeu em torno de 10%.
Laporta venceu seus rivais depois de uma dura e difícil disputa eleitoral. Depois de anunciar suas intenções de se tornar presidente novamente, o advogado passou pelo tribunal de assinaturas com absoluta facilidade para se tornar um candidato oficial (apresentou 10.257 assinaturas, das quais 9.625 foram validadas). A partir daí, sem revelar muito sobre seu projeto, envolveu-se com Font e Freixa em uma briga pela presidência em que sempre começou como rival a ser batido e nenhum dos ataques recebidos durante os debates mudaram a opinião dos sócios.
Com a vitória nas eleições, que vem após a derrota eleitoral em 2015, Joan viverá sua segunda fase à frente do clube do Barcelona, uma vez que já foi líder da entidade de Camp Nou entre 2003 e 2010. Sob seu mandato de liderança , O Barça conseguiu retornar à elite do futebol após um período sombrio com Joan Gaspart no comando e ganhar, entre outros títulos, quatro ligas e duas Liga dos Campeões. Agora, o presidente quer repetir a história.
Os grandes desafios de Laporta
Joan Laporta e seu Conselho de Administração vão assumir a direção do clube em substituição a Carles Tusquets, presidente da Comissão de Gestão que administrava o clube desde que Josep Maria Bartomeu, agora com graves problemas jurídicos, apresentou sua renúncia devido aos diversos escândalos que o atormentou durante seu mandato.
Voltando à linha de frente e tomando as rédeas da entidade, Laporta terá que enfrentar um panorama complicado tanto no aspecto esportivo quanto institucional. E é que há muitos problemas que o catalão terá que lidar para restaurar a estabilidade ao clube.
Por um lado, Laporta e sua equipe terão que administrar a difícil situação econômica (que se agravou com a pandemia) de uma equipe com grande dívida e uma massa salarial insustentável. Por outro lado, e estritamente relacionado com este primeiro problema, o catalão terá que realizar inúmeras movimentações no plantel para encontrar uma saída para determinados jogadores e, aliás, facilitar assim o possível investimento em contratações que devolvam o Barça à luta pela a Liga dos Campeões.
E, claro, Joan terá que assumir seu primeiro grande desafio à frente do Barcelona a partir de agora: tentar garantir a continuidade no clube de Leo Messi. O argentino, cujo contrato termina no final da temporada, ainda não tomou nenhuma decisão sobre seu futuro. Agora é nas mãos de Laporta, amigo íntimo do craque, que o '10' continua a deliciar todos os torcedores da equipe 'culé'.