Tudo deu errado para Sergio Ramos. Foi um 2021 para esquecer, mas felizmente para o espanhol, o ano está chegando ao fim. Ele não tem outra escolha senão desejar que 2022 seja melhor do que o ano que está terminando, embora no caso dele não pareça difícil que isso aconteça.
Ramos iniciou o ano de 2021 com positividade. Ele tinha como certo que renovaria com o Real Madrid, que a temporada se endireitaria e que brilharia como capitão da Seleção Espanhola na Eurocopa, e quem sabe também nas Olimpíadas de Tóquio.
Mas tudo deu errado em pouco tempo. Há quem culpe o gramado quase congelado do El Sadar, em plena tempestade Filomena, como o responsável pela lesão no joelho que arruniou sua temporada cinco dias depois.
Aí começou sua provação. O jogo da Supercopa em que seu joelho começou a avisar foi terminado por Sergio por teimosia e, em fevereiro, ele teve que se submeter a uma cirurgia. Foi previsto entre seis e oito semanas de desfalque.
Ramos se recuperou intensamente na primavera para não perder seu posto na Seleção, mas não convenceu Luis Enrique. Ele não o viu em boa forma e o deixou no banco. Ramos jogou apenas cinco minutos contra o Kosovo, e após o jogo, treinando com quem não tinha minutos, rompeu o sóleo.
A temporada praticamente acabou para ele. Ele jogaria apenas mais uma partida, nas semifinais da Liga dos Campeões contra o Chelsea. Um jogo que mostrou que o capitão não estava pronto para jogar e que o deixou marcado como um dos responsáveis pela derrota.
Após o desastre, a lista de Luis Enrique dos convocados foi anunciada sem ele. Mas o mais embaraçoso ainda estava por vir, sua saída do Real Madrid. Vamos voltar alguns meses no tempo...
Ramos, como falamos no início, estava convicto de que ia renovar. Porque não entendeu que a proposta do Real Madrid tinha prazo de validade. E quando a contratação de Alaba foi anunciada, tal prazo já havia expirado.
Sua última tentativa, aceitando as condições e renunciando às suas, foi inútil. E humilhante. Ramos deixou o clube merengue por não ter percebido o que realmente estava acontecendo.
E ele, que se esforçou até o último dia, que pressionou o clube a lhe oferecer mais de um ano e com as suas condições, se despediu do Real Madrid garantindo que nunca quis ter saído.
Sua esquência de frustrações não parou por aí, porque com a lesão, seu sonho de integrar a equipe olímpica e ser, quem sabe, a bandeira da Espanha em Tóquio, também desapareceu.
Ramos assinou com o PSG em busca de desafios... E o desafio agora é jogar e voltar ao seu nível. Porque só disputou três jogos, devido à lesão que tem sofrido desde a temporada passada.
Entre umas coisas e outras, Ramos só estreou no PSG no dia 28 de novembro, quando foi titular contra o Saint-Étienne. E acabou sofrendo uma recaída de sua lesão.
Ele voltou um mês depois, contra os modestos Feignies, do National 3, e voltou a jogar, dessa vez como reserva, contra o Lorient, outro rival teoricamente acessível. Lá ele assinou sua última decepção em 2021: jogou os últimos 45 minutos e foi expulso.
Em suma, um ano de qual Ramos não terá boas recordações, pelos seus erros de cálculo, pela falta de diplomacia, pelo mal assessoramento que tem tido, mas sobretudo pelas infelizes lesões que o privaram de jogar.
Ramos termina 2021 com apenas dez jogos disputados. 622 minutos em todo um ano, 176 deles no PSG, o que lhe bastou para ver o primeiro cartão vermelho da sua aventura francesa, o 28º da carreira.