Desde a saída de Luís Figo para o Barcelona, em 1995, que foi também o ano em que os números nas camisolas dos jogadores começaram a ser fixos, que o Sporting CP não consegue ter no seu plantel um número 7 que vingue com as cores do clube. Ou, pelo menos, que o faça sem depois sofrer uma lesão grave ou sair em conflito com o clube.
Uma 'maldição' que voltou a dar provas de vida na última temporada com Joel Campbell, mas que já afetou muitos outros futebolistas. Em baixo, as 'vítimas' da camisola 7 em Alvalade:
Joel Campbell
No Sporting CP por empréstimo do Arsenal, o internacional pela Costa Rica desiludiu ao não conseguir agarrar um lugar no onze 'verde e branco' e os 'leões' não ativaram a cláusula de compra do seu passe. Uma das apostas falhadas do clube em 2016/17.
Shikabala
Depois de uma má experiência na Europa entre 2004 e 2006, ao serviço do PAOK, o egípcio voltou ao 'Velho Continente' em 2013 para representar o Sporting CP. Dotado de um pé esquerdo virtuoso, a sua vida fora do campo acabou por tirar-lhe o sonho de triunfar em Alvalade. Fartou-se, desapareceu e o Sporting CP deixou de lhe pagar o salário. Pelo meio, foi visto num casamento no seu país, mas nunca voltou a meter os pés em Portugal. Pelo menos, que se saiba.
Jeffrén Suárez
Trocou o Barcelona pelos 'verde e brancos' em 2011 quando ainda era uma promessa do futebol mundial. Quando chegou, ficou com o número 17 mas, no ano seguinte, optou pelo 7. Em Avalade, o calvário das lesões fez com que não deixasse saudades junto dos adeptos 'leoninos'.
Valeri Bojinov
Só esteve no Sporting CP seis meses, período durante o qual apontou apenas três golos. Os sportinguistas nunca vão esquecer quando, numa partida frente ao Moreirense que estava empatada a um golo no período de descontos, impediu Matías Fernández de bater uma grande penalidade para ser ele a fazê-lo... e falhou-a.
Marat Izmailov
Foi um dos melhores jogadores do Sporting CP nos últimos anos, mas nunca foi capaz de mostrar todo o seu potencial devido às lesões que o afetaram ao longo da sua carreira. Em 2012/13 adotou o número 10 e, a meio da época... foi para o rival FC Porto.
Marius Niculae
Reforçou o Sporting em 2001 e escolheu o 7. Depois de um início prometedor, vieram as lesões. Em 2003, tentou livrar-se do azar ao mudar para a camisola 9, mas nunca mais foi o mesmo. Acabou por sair em 2005.
Delfim
Estava no Sporting CP que, em 2000, colocou um ponto final num jejum de 18 anos sem vencer o campeonato português. No entanto, foi mais um jogador que, devido aos problemas físicos que apresentava, nunca conseguiu mostrar tudo aquilo de que era capaz.
Leandro Machado
Realizou uma temporada de muito bom nível quando chegou a Alvalade, em 1997. No ano seguinte, 'perdeu-se' por questões extra-futebol e só voltou a ter sucesso no Brasil, ao serviço do Flamengo.
Ivaylo Iordanov
Um jogador que, ainda hoje, é muito querido pela massa adepta 'leonina'. Esteve no Sporting CP de 1991 a 2001, mas uma lesão muito grave fez com que perdesse alguma da sua 'magia' em campo depois de, em 1997, ter trocado o número 9 pelo 7.
Ricardo Sá Pinto
Assinou pelo Sporting CP em 1994 e ficou com o 7 até rumar à Real Sociedad, depois de ter sido castigado na sequência de uma agressão ao então selecionador português, Artur Jorge. Voltou a Alvalade em 2000 e escolheu novamente o 7... até ter uma grave lesão. No ano seguinte, optou pelo 10, número que utilizou até sair do clube, em 2006.