Douglas Costa foi vital para as conquistas de Coppa Italia e Serie A pela Juventus neste final de temporada.
O brasileiro fez um dos gols nos 4 a 0 sobre o Milan, balançou as redes da Inter no clássico disputado após uma derrota para o Napoli, que voltava a colocar fogo na disputa do título italiano, e na sequência deu passes para dois dos três tentos no triunfo sobre o Bologna.
À chance de crise, após eliminação nas quartas de final da Champions League para o Real Madrid e a ameaça do Napoli na Itália, Douglas talvez tenha sido o jogador mais importante na reta final de temporada que manteve a hegemonia da Juve em seu país.
Ele fez tudo isso com poucos minutos em campo, aliás. Nas últimas dez rodadas da Serie A, foi titular somente em cinco jogos. Mas quando saía do banco era decisivo e intenso. À notícia boa dos títulos, a ruim veio aos 66 minutos de jogo contra o Hellas Verona, na última rodada do Campeonato Italiano: Douglas sentiu a coxa esquerda.
O problema ainda não faz a comissão técnica da Seleção Brasileira considerar o corte para o Mundial de 2018, como afirmou o médico Rodrigo Lasmar na entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (23) na Granja Comary.
“Já sabíamos dessa situação antes da apresentação, então foi realizado um exame de imagem que constatou a pequena lesão muscular'', explicou, antes de confirmar que o meia-atacante não deverá entrar em campo nos amistosos contra as seleções de Croácia e Áustria.
O problema para Douglas Costa não está apenas na chance de ser cortado, e sim no seu histórico com a Seleção. No ano passado, foi cortado do grupo que enfrentaria Uruguai e Paraguai pelas Eliminatórias por causa de um problema no joelho esquerdo. Mas o trauma maior foi em 2016, quando vivia momento brilhante pelo Bayern de Munique: o corte na Copa América Centenário aconteceu exatamente por causa de uma lesão na coxa esquerda.
Naquele ano, Douglas também foi titular cinco vezes nos últimos dez compromissos pela Bundesliga alemã, mas não foi tão intenso quanto agora. Por isso, o trabalho de preparação – que tem um início mais leve, devido ao final da temporada europeia – e recuperação volta todo o seu foco para o gaúcho de Sapucaia.