A Dinamarca desembarcou na Rússia já visando a vice-liderança do Grupo C. E o primeiro objetivo foi alcançado. Dividindo a chave com França, Peru e Austrália, a equipe comandada por Age Hareide somou cinco pontos (vitória sobre os peruanos e empates com Bleus e Socceroos) e avançou às oitavas de final tendo pela frente a tão temida Croácia - a surpresa da Copa até então.
Apesar de terem entrado em campo sem a confiança dos torcedores e críticos, os dinamarqueses surpreenderam e não ficaram tão fechados como muitos apostavam. Massacre dos croatas? Também passou longe.
O que se viu em campo foi um time muito bem organizado e ciente das suas funções. Deram por diversas vezes a imprensão de que só iriam se defender, mas quando saíam com a bola, partiam para cima e levavam perigo. Eriksen, apesar do pênalti perdido, assim como Schmeichel, são os dois verdadeiros protagonistas da seleção.
Eles chegaram com o status de grande defesa e deixaram o Mundial com o incrível registro de 17 jogos sem derrotas (foram nove vitórias e oito empates). Além do mais, nos quatro jogos na Rússia, sofreram apenas dois gols (sem contar os pênaltis após a prorrogação).
"Estamos juntos desde o dia 17 de maio, então, as pessoas puderam se conhecer, as relações melhoraram, as táticas, os treinos. Pudemos jogar contra a França, mais compactos, e hoje mais para frente. Um jogo de futebol tem muitas facetas diferentes e é importante ter uma abordagem pragmática nisso. Os quatro times que jogamos são diferentes. Tivemos uma abordagem diferente com cada um. Podemos aprender muito com isso, e os rapazes disseram isso. Precisamos continuar o trabalho com esse time. Vejo um grande futuro adiante nas qualificatórias para 2020", disse o treinador após a eliminação.
O ataque decepcionou, é verdade. Apenas três gols marcados em quatro jogos é muito pouco. O número contrasta com a defesa. Porém, a equipe provou que pode sonhar com voos mais longos. Muito bem organizada taticamente, os torcedores podem esperar por dias melhores.