Ronaldinho segue em prisão domiciliar no Paraguai enquanto aguarda a conclusão de seu caso envolvendo o uso de documentos irregulares. Nesta segunda-feira, o jornal 'ABC Color' divulgou a primeira entrevista do craque brasileiro após o caso.
“Foi um duro golpe. Nunca imaginei que passaria por uma situação dessas. Durante toda a minha vida, busquei atingir o mais alto nível profissional e trazer alegria às pessoas com o meu futebol”, declarou Ronaldinho na entrevista exclusiva.
“Tudo o que fazemos é a partir de contratos gerenciados por meu irmão, que é meu representante. Nesse caso, participamos do lançamento de um cassino online, conforme especificado no contrato, e do lançamento do livro ‘Craque da Vida’, organizado com uma empresa no Brasil que tem o direito de explorar o livro no Paraguai”, disse o gaúcho.
Ronaldinho voltou a citar o desconhecimento da irregularidade: “Ficamos surpresos ao saber que os documentos não eram originais. Desde então, nossa intenção tem sido colaborar com a Justiça para esclarecer o fato, como temos feito desde o início. Desde esse momento até hoje, explicamos tudo e facilitamos tudo o que a justiça solicitou de nós”.
“Todas as pessoas me receberam com bondade. Jogar futebol, dar autógrafos, estar em fotos, tudo isso faz parte da minha vida, não tenho motivos para parar de fazer isso, ainda mais com pessoas que estão passando por um momento difícil como eu estava”, disse Ronaldinho.
O brasileiro também ressaltou o apego à sua religião em meio à essa situação: "Eu tenho minha fé, eu sempre oro para que as coisas corram bem e espero que isso acabe em breve".
"Esperamos que possam usar e confirmar tudo o que contribuímos em relação à nossa posição no caso e que possamos sair dessa situação o mais rápido possível", acrescentou.
Ronaldinho projetou o que fará assim que estiver liberado: "A primeira coisa a fazer é dar um grande beijo na minha mãe, que viveu esses dias difíceis desde o início da pandemia da Covid-19 em sua casa; depois, será absorver o impacto que essa situação gerou e seguir adiante com fé e força".
O ex-jogador ainda falou sobre seus primeiros passos no futebol internacional, quando venceu a Copa do Mundo aos 17 anos: "É uma memória muito bonita, muito jovem. Era um título que o Brasil ainda não tinha, era importante para dar início à minha carreira. Graças a este título, quando voltei ao Grêmio, voltei para integrar a equipe profissional".
E ele fez isso de novo aos 22 anos: "Todos eram especiais. Ganhar campeonatos mundiais é sempre algo muito emocionante, muito importante. Tive a sorte de conquistar, aos 17 anos e aos 22 anos".