O veterano treinador português Fernando Santos, que assinou contrato como treinador do Besiktas nesta terça-feira, um dos três grandes clubes da Turquia, expressou a sua felicidade por voltar a treinar um clube após 12 anos à frente de três seleções europeias.
"Estou muito satisfeito. Queremos alcançar sucessos com o presidente. A história do nosso clube é muito boa. Queremos fazer o clube avançar. Não basta ganhar alguns jogos. O objetivo do Besiktas é ser campeão e ganhar troféus", disse.
"O meu único objetivo é ganhar. Quando perco, não consigo dormir. A minha equipa tem de ganhar. Tem de lutar, de dar tudo dentro de campo. Temos de fazê-lo mesmo na pior das hipóteses. Temos de dar tudo em campo", completou.
Santos, que chegou na noite de segunda-feira a Istambul, assinou o seu contrato nesta terça-feira durante uma cerimônia realizada no estádio do Besiktas, em Istambul, segundo a imprensa turca, com duração de 1,5 anos. O presidente do clube, Hasan Arat, no entanto, se recusou a esclarecer os termos específicos e as condições econômicas do acordo durante a coletiva de imprensa.
Conforme anunciado pelo clube em comunicado, Santos voará ainda nesta terça-feira para a cidade de Rize, na costa do Mar Negro, para conhecer os seus jogadores na partida contra o Rizespor.
O treinador português assume o comando do Besiktas em um momento difícil para o clube, menos de 3 semanas depois do seu antecessor, o turco Riza Çalimbay, deixar o cargo. Çalimbay, uma lenda do futebol turco nas décadas de 1980 e 1990, durou apenas 6 semanas no cargo, substituindo o jovem Burak Yilmaz, que ficou apenas um mês, tendo substituído o veterano Senol Günes, que durou um ano.
No total, o Besiktas trocou de treinador 5 vezes nos últimos 2 anos, indo de campeão da Superliga 2020-2021 a sexto colocado no ano passado, mesma posição que ocupa atualmente na tabela da Liga Turca.
Santos chega ao Besiktas com a sua equipe de cinco auxiliares, composta por João Costa, Paulo Ramos Mendes (Paulinho), Justino Fernando, Ricardo Santos e Jorge Rosário.
"Falei com o Pepe e o Ricardo Quaresma. Disseram-me que estava a vir para um grande clube. Também falei com o Simão, tenho uma boa relação com ele. Todos me felicitaram pela decisão".
Questionado sobre a sua decisão de deixar Cristiano Ronaldo no banco, após uma discordância do jogador, nas quartas de final da Copa do Mundo de 2022, onde Portugal acabou perdendo para Marrocos, Santos minimizou a questão.
"Tomámos uma decisão tática de deixar Cristiano Ronaldo no banco na altura do Mundial. Tive de tomar essa decisão e acertei. Se não tivéssemos sido eliminados, não teria havido muitos problemas. Para mim, a equipe é importante", concluiu.