No epicentro de um conjunto de circunstâncias que inclui a necessidade de liberar brechas nos salários para uma contratação, com o questionamento de seu desempenho foi até para as arquibancadas do último jogo contra o Osasuna e com o soar das sirenes na imprensa francesa, Lemar pode ser titular no último jogo do Atlético em 2020.
Ele fará isso pelo segundo jogo consecutivo, de acordo com os dois testes que a equipe rojiblanco realizou com o experiente meia nascido na ilha de Guadalupe entre os escolhidos pela lateral esquerda, ao lado de Saúl Ñíguez, o ganês Thomas Partey e o mexicano Héctor Herrera em vez do lesionado Koke.
Antes de Osasuna, no último sábado, no Wanda Metropolitano, ele recuperou uma posição inicial que não vivia há um mês, contra o Sevilla em Sánchez Pizjuán. Foram apenas 54 minutos de jogo, onde foram feitas boas jogadas, como um chute da esquerda que foi defendido, sem problemas, pelo goleiro Osasunista Sergio Herrera, e uma boa conexão com João Felix.
No entanto, essas ações de mérito não convenceram o público metropolitano, que respondeu com vaias em várias ocasiões às intervenções do internacional francês, que saiu no início da segunda metade com indiferença, quando ele deu seu lugar a Ángel Correa.
O enigma da situação do meio francês é completado com os rumores de que, da França, há o interesse do Olympique de Lyon em contratá-lo no mercado de transferências que abrirá em 13 dias, quando começa o mês de janeiro, em meio aos desfalques por lesão do atacante Memphis Depay e finalizar Jeff Reine-Adelaide.
No entanto, o presidente do clube leonês, Jean-Michel Aulas, confessou em comunicado à televisão francesa 'Canal +' que Lemar não quer abandonar a equipe rojiblanca. "Não devemos sonhar, Thomas disse que não deixaria o Atlético de Madrid", afirmou o presidente do Olympique.
O talentoso jogador de futebol gaulês foi na temporada passada a contratação mais cara da história da entidade vermelha e branca, que desembolsou 70 milhões de euros para o Mônaco por seu passe- e não o possui na sua totalidade - e foi defendido em vários ocasiões pelo técnico rojiblanco Diego Pablo Simeone.
O argentino destacou não apenas suas habilidades ofensivas, mas também o equilíbrio defensivo que ele acredita trazer para a equipe, mas a verdade é que ele não chegou a ser o jogador de futebol desequilibrante, gerador de jogos e ocasiões que apontou quando veio de Mônaco e depois de ser campeão do mundo com a França na Rússia em 2018.
De fato, ele está perdendo presença no time rojiblanco nesta campanha, em seus 23 jogos oficiais nessa temporada, começou em apenas oito (na última temporada, ele esteve disponível em 44 jogos e jogou quase todos: 43, 31 deles início).
Uma lesão muscular em setembro interrompeu sua temporada e o deixou de fora de dois jogos, e desde então ele alternou oportunidades entre 20 e 30 minutos nas segundas partes com titularidades avulsas contra o Athletic (26 de outubro), Sevilla (2 de novembro) e Osasuna (14 de dezembro).
Apesar de sempre ter participado, desde o início ou do banco, exceto na visita ao Villarreal (0-0), ele não tem sido um jogador decisivo, pois não marcou nenhum gol ou deu assistência na presente campanha.
Entre a necessidade do Atlético de liberar massa salarial para realizar uma contratação de inverno e a pressão dos torcedores do Atlético, seu nome é apontado como candidato a estar na porta de saída, mas o suposto 'não' de Lemar ao Olympique aponta para uma decisão do jogador de defender o Atlético. Benito Villamarín é sua oportunidade... resta saber se será a última ou haverá mais.