O Palmeiras está com um pé na final da Libertadores após golear o River Plate por 3 a 0 nessa terça-feira na Argentina. Após a partida, o técnico Abel Ferreira comentou sobre a atuação de sua equipe.
"Primeiro lugar, quero dar os parabéns aos meus jogadores porque usaram a parte mental ao nosso favor. Seguimos o plano e a estratégia. Enfrentamos uma das melhores equipes sul-americanas, com o melhor treinador do continente e que já está há cinco anos na equipe e uma forma de jogar muito atrativa e difícil de marcar, mas vamos agora para o jogo na nossa casa", iniciou o treinador.
Abel lembra dos perigos do jogo de volta, apesar da vantagem: "São 90 minutos feitos. Como fizemos três gols aqui, é possível que eles façam três gols na nossa casa. Agora é descansar os jogadores para fazermos o jogo na nossa casa".
"Não gosto de falar do lado individual. Disse que contávamos com todos. Não olhamos a idade. Nossa estrela é a equipe. Não jogamos em função de um. Treino todos da mesma maneira, não diferencio. Todos precisam estar preparados", destacou o português.
Os princípios de Abel
"Não gosto de alterar os nossos princípios, temos uma forma de atacar e defender. Procuramos explorar os pontos fracos dos adversários e quanto temos a bola fechar os pontos fortes. Defendemos em função da bola, temos uma forma bem definida por jogar. Se adversário fecha por dentro, vamos por fora. Se vai pressionar alto, vamos para a profundidade. Se joga jogo direto, jogo interior. River é uma equipe muito bem treinada pelo Gallardo, com jogadores de grande qualidade e que jogam de olhos fechados. Vimos a força e sem bola tínhamos que perder os espaços que tinha que fechar. Na análise que fizemos, os jogadores participaram da estratégia para esse jogo."
A confiança, o jogo consciente e os jovens
"Tenho certeza absoluta que a equipe do Gallardo faz o que ele pede. Os jogadores aqui também sabem o que têm que fazer com e sem a bola. Obvio que tem adversário, tem algumas questões aleatórias, mas a confiança que passo aos meus jogadores é mostrar o que precisam fazer com e sem bola. A função é ensinar o jogo, para que eles interpretem o que pode fazer o jogo. Não gosto do jogo inconsciente, mas consciente. Peguei uma equipe jovem, sim, mas precisa ter coragem, dar exemplos de coragem, e hoje jogamos com mistura de juventude e experiência. Tivemos Luiz (Adriano) que foi um treinador em campo, os garotos no meio sustentados por Gómez e Rocha atrás para ajudar. Fomos uma equipe fiel aos nossos princípios. Temos que ser consistentes no nosso trabalho."