O Al Rayyan até tentou, seduziu, mas Abel Ferreira não vai deixar o Palmeiras neste momento. A Goal apurou que o treinador português recusou a oferta do clube do Qatar e, em conversas com a diretoria do Verdão, fez questão de exaltar o peso do elenco na decisão e reforçar ainda o foco na conquista de pelo menos um título: Brasileirão, Copa do Brasil e/ou Libertadores.
Na visão de Abel, a milionária proposta dos qataris é, acima de tudo, consequência do trabalho positivo feito desde o início pelos jogadores, que têm compreendido as ideias de jogo e abraçado o novo projeto.
Apesar de balançado com o salário de aproximadamente 5 milhões de euros (quase R$ 26 milhões) por temporada, num contrato de dois anos, o português parou para ouvir o que havia de concreto, mas rapidamente fechou as portas para o Al Rayyan. Toda a sequência do processo foi colocada na mesa do Palmeiras.
Abel Ferreira, que nas últimas horas foi diagnosticado com a Covid-19, pretende em breve reunir o grupo de atletas e explicar alguns detalhes já compartilhados primeiramente com os dirigentes. Quer dividir os méritos do sucesso imediato (sete vitórias, um empate e apenas uma derrota).
Sem Abel, quem tem vínculo com o Verdão até 2022, o Al Rayyan agora trabalha com três outros nomes: os também portugueses Carlos Queiroz, demitido recentemente da seleção da Colômbia, e Vítor Ferreira, do Shanghai SIPG, além do italiano Vincenzo Montella, que está livre no mercado e passou a ser alvo recente do Fulham.
Hoje na quinta colocação da liga do Qatar (Stars League Catar), o Al Rayyan é dirigido há duas temporadas pelo uruguaio Diego Aguirre. O antigo treinador de Internacional, Atlético-MG e São Paulo, no entanto, está “cumprindo aviso prévio” até janeiro, quando, então, vai deixar o clube - por opção própria. Já existe há semanas um entendimento oficial para o término do vínculo de forma amigável.