Nesta terça-feira (11), o Olimpia anunciou oficialmente a contratação do atacante Emmanuel Adebayor. O togolês, com 35 anos, fará sua estreia na Copa Libertadores, depois de quase 20 anos jogando na Europa.
O Olimpia, campeão paraguaio em 2019, está no Grupo G da Libertadores, mesmo grupo do Santos. Ou seja: é muito provável que nós teremos um clube brasileiro enfrentando Adebayor.
O togolês não é o único jogador de cacife europeu que pode acabar enfrentando brasileiros. Outros atletas com passagens longas e de sucesso pelo Velho Continente também devem enfrentar clubes do nosso país.
Confira alguns jogadores com carreira europeia que podem ser obstáculos no caminho de clubes brasileiros na Libertadores 2020:
A esquadra do Peñarol
Para esta edição da Copa Libertadores, a fim de tentar retornar aos antigos anos dourados, o Peñarol apostou um equipe "europeia".
Adversário do Athletico na fase de grupos, os uruguaios não só tem antigos baluartes da sua seleção nacional, mas também atletas sem nenhuma relação com o continente sul-americano.
No primeiro caso, podemos apontar Cristian Rodríguez, capitão e ídolo da equipe, com passagens pelo PSG, Benfica, Porto e Atlético de Madrid, além de 116 partidas pela seleção uruguaia. Já o volante Walter Gargano tem "apenas" 64 partidas pela Celeste, além de quase ter completado 200 jogos pelo Napoli.
Além deles, a equipe uruguaia tem três "gringos": Gary Kagelmann, recém-contratado, é uruguaio de ascendência alemã e passou quase uma década na Europa, com passagens no Real Madrid e no Monaco. O espanhol Xisco rodou por vários clubes menores da Espanha como o La Coruña, o Córdoba e o Osasuna antes de se transferir à Tailândia e chegar a América do Sul.
O caso mais inusitado, porém, talvez seja o de Krisztián Vadócz. O húngaro não tem nenhuma relação com a América do Sul e nem fala espanhol: a mais nova contratação do Peñarol foi companheiro de time do treinador Diego Forlán na Índia e em Hong Kong, depois de ter rodado por equipes como Motherwell, Auxerre, Alavés, NEC, Grasshopper e Osasuna.
O River Plate também tem os seus 'europeus'
Já consolidados no continente sul-americano depois de tantas decisões nos últimos anos, os "gringos" do River Plate, comandados de Marcelo Gallardo, serão adversários do São Paulo na fase de grupos. Excluindo o goleiro Germán Lux, hoje mais um ídolo de que parte do elenco, a equipe argentina tem cinco jogadores com passagens no Velho Continente.
Para começar, podemos falar do jogador que certamente ainda poderia ser muito útil na Europa: Juan Quintero, um dos principais jogadores do River Plate, não ficou muito tempo no Velho Continente, mas foi importante para o Porto por dois anos consecutivos, atuando em mais de 50% das partidas do clube na liga portuguesa.
Emprestado aos argentinos, fez a diferença na Libertadores de 2018, brilhou na Copa do Mundo daquele ano e assinou em definitivo com o River por 3 milhões de euros. Com só 27 anos, chegou a ser especulado no Ajax nesta última janela.
Outros pilares do time também foram importantes na Europa: Enzo Pérez foi titular e destaque tanto no Benfica quanto no Valencia e Javier Pinola ficou quase dez anos sendo o principal jogador defensivo do Nuremberg, da Alemanha (ainda com cabelo).
E não fica só aí: o centroavante titular da equipe, Matías Suárez, foi o grande artilheiro do Anderlecht, da Bélgica, por quase uma década, com 11 gols em Liga dos Campeões e Europa League. Já Leonardo Ponzio teve duas passagens no Zaragoza, da Espanha, sendo um dos principais destaques da equipe que foi campeã da Copa do Rey em 2003/04.
23 gols de Liga dos Campeões no ataque do Olimpia
Emmanuel Adebayor será uma das principais atrações da Libertadores em 2020: o togolês, com 15 gols de Liga dos Campeões, será um dos principais reforços do clube paraguaio neste ano e chega para fazer dupla com o veterano Roque Santa Cruz. O Olimpia enfrentará o Santos na fase de grupos.
O paraguaio chegou na Europa ainda no século passado, em 1999, para reforçar o Bayern de Munique. Na Alemanha, foram mais de 50 gols em 240 partidas. Depois disso, ainda passou pelo Blackburn, pelo poderoso Manchester City e pelo Málaga, na era "nova rica" dos espanhóis. Ao todo, balançou as redes oito vezes na Liga dos Campeões.
Além da dupla, o zagueiro Antolín Alcáraz também pode-se dizer experiente na Europa: o atleta teve passagens por várias das maiores ligas do mundo, defendendo a Fiorentina na Serie A italiana, o Wigan e o Everton na Premier League e o Las Palmas de Quique Setién na La Liga.
Os chilenos
Os dois grandes clubes chilenos que jogarão a fase de grupos da Libertadores também contam com jogadores de "quilate europeu" em seu setor ofensivo.
No Colo-Colo, maior campeão do Campeonato Chileno e rival do Athletico na fase do grupos, o ídolo Matías Fernández, recém-contratado, talvez seja um dos jogadores da lista de mais sucesso na Europa: o chileno foi titular quase absoluto no Sporting e na Fiorentina, além de ter tido passagens também no Villarreal e no Milan.
Se Fernández teve muito sucesso na Europa, o "gringo" da Universidad Católica, adversário do Grêmio na fase de grupos, já deixou sua marca no continente sul-americano: o "anão" Diego Buonanotte foi um dos craques do River Plate de 2006 a 2011, antes de chegar no Málaga a peso de ouro. Rodou por Granada e AEK Atenas, sendo uma peça importante do elenco das equipes.
Os colombianos
Téo Gutiérrez é outro que já se consolidou na América do Sul, e já enfrentou Flamengo, Palmeiras e Athletico nos últimos anos, pelo Junior Barranquilla. Antes disso, o artilheiro também fez seus gols no Trabzonspor e no Sporting (com um tento a cada duas partidas). Neste ano, a equipe colombiana enfrentará o Rubro-Negro novamente.
Pedido por Jurgen Klopp para substituir Robert Lewandowski, Adrián Ramos não conseguiu ter a mesma veia goleadora no Borussia Dortmund que teve no Hertha Berlin, quando fez mais de 60 gols pelo clube alemão. Neste ano, retornou para a América do Sul para reforçar o América de Cali, adversário do Grêmio, de volta a Libertadores depois de 11 anos.
O equatoriano
Sétimo jogador com mais partidas pela seleção do Equador, Antonio Valencia foi, durante dez anos, uma das peças mais importantes do Manchester United, chegando a ser o herdeiro da camisa 7 de Cristiano Ronaldo e ser eleito o Jogador do Ano da equipe em 2011/12, em votação.
Querido por Sir Alex Ferguson, foi muito polivalente nos Red Devils: jogou de meiocampista, ponta e lateral direito. Ao término de sua carreira na Europa, no meio de 2019, retornou ao Equador com recepção de ídolo para jogar na LDU, adversário do São Paulo na fase de grupos