A vida numa equipa grande é uma incógnita. Apenas os bem preparados mentalmente podem explodir as suas condições. E é algo que as contratações mais caras da história do Barcelona estão a experimentar.
Agora o foco ilumina mais Coutinho que Dembélé, apesar de na grande maioria do ano ter sido o inverso. Ao extremo francês está a custar-lhe encontrar o ritmo depois da sua última lesão muscular; anda muito longe da versão que estava a maravilhar até então e ele começou a dar dúvidas a Valverde.
O brasileiro, por seu lado, apesar de a passo de tartaruga, tem melhorado as suas prestações. De facto, ninguém dúvida que será titular frente ao Liverpool na frente do seu companheiro. Não é que esteja a descolar mas este Coutinho é melhor do que o de há um mês atrás.
Voltou a marcar, sente-se mais protagonista, participa mais no jogo. E parece ter deixado a sua fase de depressão. Não se dúvida do seu futuro no Camp Nou. Ainda lhe faltam coisas para ser um jogador diferencial mas o seu passo em frente é evidente.
Para além disso, está o componente sentimental de defrontar os seus "ex", um fator que Valverde valoriza muito para o encontro das meias-finais. Dembélé terá que se resignar ao papel de substituto, pelo menos por agora.