Lionel Messi voltará a defender a seleção argentina, nesta sexta-feira (22), contra a Venezuela, após o seu maior hiato com a Albiceleste. Nem mesmo quando anunciou, em 2016, que não defenderia mais o seu país o craque demorou tanto tempo para vestir outra camisa que não fosse a do Barcelona.
Entre a derrota na final da Copa América para o Chile, com direito a pênalti perdido, até o gol marcado na vitória por 1 a 0 sobre o Uruguai, nas Eliminatórias para o Mundial ainda em 2016, foram menos de três meses. Boa parte de seus companheiros ainda eram os mesmos. Um contraste surpreendente em relação ao tempo de quase uma gestação desde a última partida de Messi, a eliminação para a França nas oitavas de final da Copa do Mundo de 2018.
Desta vez, o retorno de Messi já era esperado. Mas após nove meses o camisa 10 terá uma vida nova representando o seu país. Javier Mascherano anunciou a sua aposentadoria da seleção, Di María e Otamendi, lesionados, foram cortados. Agüero sequer foi lembrado na lista (em meio a especulações de rusgas com o técnico Lionel Scaloni) e Higuaín já não dá mostras de ser jogador para envergar a Albiceleste. Muita coisa mudou, menos a desorganização e o caos inseridos na AFA – apesar das quatro vitórias e um empate nos amistosos pós-Copa, a derrota veio no teste principal, contra o Brasil.
A equipe que entrará em campo no estádio Wanda Metropolitano, em Madrid, tem apenas três jogadores que estiveram ao lado de Messi na derrota para a França: os laterais Gabriel Mercado e Nicolás Tagliafico, além do goleiro Franco Armani – o único mais velho em relação aos 31 anos do camisa 10. Onze jogadores chamados para a última Data FIFA antes da Copa América 2019 nunca atuaram ao lado do maior craque argentino. E não é um grupo tão talentoso individualmente quanto no passado recente.
Desde sua estreia pela Argentina, o rosarino já presenciou um grande vai-e-vem de gerações: Riquelme, Sorín, Samuel, Heinze e Mascherano são apenas alguns dos nomes. A esperança de Messi é que essa menor qualidade ao menos descomplique a missão de armar uma equipe absolutamente centrada em volta de seu talento, para que esta nova vida na Albiceleste não seja igual ao seu histórico de zero conquistas relevantes pelo seu país.
Camisa nova... vida nova com a Albiceleste (Foto: Divulgação/Adidas)