Jejum de gols pesa para o Cruzeiro ser eliminado da Libertadores

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Cruzeiro é eliminado pelo River Plate. Goal

A Raposa atingiu a pior marca em sua história ofensiva e, nos pênaltis, caiu para o River Plate na Libertadores

Quando voltou de Buenos Aires com um empate sem gols, na ida das oitavas de final contra o River Plate, o Cruzeiro sabia que precisava sair para o ataque, dentro do Mineirão, para eliminar o atual campeão e seguir vivo na Libertadores da América. A missão obviamente não seria fácil: por causa do adversário, mas também porque atacar antes de defender não está nas características da Raposa, que já havia igualado o pior jejum de gols em sua história.

Pois nesta terça-feira (30), a eliminação sofrida nos pênaltis, após mais um empate sem gols, fez com que este Cruzeiro de 2019 entrasse na história como o que amargou a maior sequência sem estufar as redes em todos os tempos no clube: seis partidas. E apesar de ter tido, ainda no primeiro tempo, a melhor oportunidade do encontro contra o River Plate, a verdade é que a eliminação para os argentinos foi um resultado justo.

Considerando a atual edição da Libertadores, foi a pior exibição dos mineiros dentro de casa, e justamente quando a força do Mineirão era exaltada por técnico e jogadores, antes do apito inicial, como um dos grandes trunfos do time: diante do River o Cruzeiro teve, no Gigante da Pampulha, o pior desempenho ofensivo [menos chances criadas, menor posse de bola, menor verticalidade no passe e no total de finalizações] ao mesmo tempo em que permitiu um volume de jogo maior do adversário. Não fosse o bom desempenho de sua defesa, especialmente Dedé, a eliminação poderia ter sido consumada antes mesmo das penalidades.

Não que Mano Menezes não tivesse razões para não confiar na força do Mineirão, ainda mais levando em conta o seu histórico em mata-matas pelo clube: havia sido eliminado ali apenas uma vez, em 2018, nas quartas de final para o Boca Juniors. Nesta terça, o treinador conheceu, justamente contra outro argentino, o amargo sabor da queda dentro de casa, uma espécie de maldição que vem atormentando os azuis de BH antes mesmo da chegada de Mano – em 2015 o River os eliminou lá com uma derrota por 3 a 0 e um ano antes, também nas quartas de final, uma igualdade por um gol foi suficiente para o San Lorenzo.

A queda nos pênaltis foi marcada pelas cobranças desperdiçadas por Henrique, na cobrança que iniciou a disputa, e David. Fábio, de onde sempre se espera milagres, desta vez não conseguiu salvar. Pela segunda vez em sua carreira cruzeirense sofreu uma derrota nas penalidades – a primeira havia sido na Sul-Americana de 2017.

Só que a disputa só chegou a este ponto porque o Cruzeiro, mais uma vez, não fez o gol que precisava fazer. Em meio à sequência dos seis jogos que marcam este incômodo jejum, estiveram os dois encontros contra o River Plate. Na campanha da Raposa nesta Libertadores, foram os únicos duelos em que os cruzeirenses não estufaram os barbantes, e no final das contas ajuda muito a contar a história desta queda.

Marcas negativas do Cruzeiro na eliminação Maior nº de jogos sem marcar gol na história do clube [6] Segunda eliminação dentro do Morumbi em mata-matas sob o comando de Mano Menezes Segunda derrota em disputas de pênaltis com Fábio no gol Quarta eliminação consecutiva para argentinos na Libertadores

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