Luxemburgo quer Palmeiras mais ofensivo, mas ainda não conseguiu

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Luxemburgo comentou sobre estilo de jogo desejado pelo Palmeiras. EFE/Juan Ignacio Roncoroni/Arquivo

Em meio à cobrança para fazer o seu time jogar melhor, o treinador ao menos conseguiu o resultado que precisava.

Vanderlei Luxemburgo sabe que o Palmeiras não fez um Campeonato Paulista brilhante. Entre o título e a preparação do time para a temporada que vem pela frente, com Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Copa Libertadores com jogos em intervalos mínimos, o treinador se justificou sobre o desempenho do time campeão estadual.

"Eu gostaria", respondeu o técnico nesta segunda-feira (10) quando perguntado sobre a montagem de um time mais solto. "Meu futebol sempre foi de uma forma bem agressiva, bem ofensiva, desde que você possa fazê-lo. Se o Luxemburgo gosta de uma forma de jogar e não está fazendo, vocês têm de ter a capacidade de analisar o porquê".

Fica claro que a todo momento o treinador fica entre a pressão que ele tinha por conquistar o título e a preocupação por apresentar um futebol melhor. Quando questionado sobre não ter vencido nenhum dos jogos contra times da Série A no Paulista (empatou quatro e perdeu duas), disse: "E ganhamos".

Depois, ao voltar ao tema, comentou que o torneio é muito curto e não permitia que um elenco como o Palmeiras tomasse "duas porradas" diferentes. "Agora é outra história, um campeonato com 38 jogos".

O Palmeiras não vencia o Estadual desde 2008, e isso representava, por consequência, uma série de derrotas em clássicos locais em que o time foi muito cobrado pela torcida. Enquanto conseguia ganhar duas vezes o Brasileiro nesses últimos anos, o desempenho em duelos eliminatórios não acompanhou a regularidade dos pontos corridos, culminando, por exemplo, no título paulista do Corinthians no Allianz Parque, em 2018, e numa eliminação para o São Paulo, também em casa, depois de dois empates sem gols no ano passado.

Então juntando a visão do Palmeiras sobre essas partidas e a própria necessidade de Vanderlei Luxemburgo em se reafirmar como técnico vencedor na elite, o objetivo parecia um só: ganhar. Perder a taça - para Tiago Nunes, do Corinthians, ou mesmo para quem ficou no caminho como o são-paulino Fernando Diniz ou o novato Red Bull Bragantino - seria um golpe duro no momento do professor.

"O técnico tem de ganhar título. E vendo o que aconteceu, eu optei por colocar um meio-campo mais sólido, mais marcador, porque estava muito vulnerável", justificou Luxemburgo, ao encontrar, para essa reta final, a formação com Patrick de Paula, Ramires e Gabriel Menino, tirando a responsabilidade mais criativa e de decisão de nomes como Lucas Lima, Gustavo Scarpa e até Rony, que foi para o banco no jogo decisivo.

Agora, diante de tantas críticas sobre o nível técnico das finais do Paulistão, se o treinador palmeirense disse que gostaria de ter um time mais vistoso, agressivo, solto e ofensivo sob seu comando, nem há muito tempo para grandes elaborações. Quarta o Fluminense, sábado o Goiás, quarta o Athletico, domingo o Santos... a busca por um time "mais Luxemburgo" encontrará uma maratona de jogos pela frente, e o técnico não esconde que ainda procura um futebol que lhe agrade mais.

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