"Não serei eu quem pedirá para sair deste clube"

"Já respondi. Não serei eu quem pedirá para sair deste clube", declarou Ancelotti, ao ser questionado se a decisão sobre seu futuro na próxima temporada dependeria dele e não do Real Madrid.

Focado no presente, o técnico do Real Madrid direcionou sua atenção ao confronto contra o Valencia, antes do duelo pelas quartas de final da Champions League, contra o Arsenal, demonstrando preocupação com o estado físico dos jogadores após o esforço feito para chegar à final da Copa do Rei.

"Estamos bem. Com algumas dúvidas, obviamente, porque a prorrogação exigiu muito fisicamente, mas o time está animado e motivado. Sabemos que o Valencia vem fazendo uma grande temporada e nos espera um jogo delicado, difícil, mas estamos motivados e na briga. Temos consciência de que é um momento importante da temporada", avaliou.

"É preciso ser otimista e acreditar que podemos conseguir. O time está lutando. Estamos vivos em todas as competições, muito próximos, e confiantes graças às experiências que tivemos no passado. Sabemos que podemos alcançar nossos objetivos", acrescentou.

O Real Madrid sofreu seis gols nas duas últimas partidas disputadas no Santiago Bernabéu – dois contra o Leganés e quatro contra o Real Sociedad, mas Ancelotti defendeu que houve uma evolução coletiva da equipe.

"Melhoramos coletivamente. Não vejo erros individuais na defesa. Contra o Real Sociedad, o Alaba, de forma geral, fez um bom jogo, mas teve azar com dois gols contra. Os dados mostram que o número de gols esperados contra nós foi muito baixo e, pela atitude defensiva que tivemos, não merecíamos levar quatro gols – mas merecíamos tê-los feito", analisou.

Sobre o fato de o time estar sofrendo mais gols nesta temporada em relação à anterior, Ancelotti apontou que isso se deve às mudanças no perfil do elenco.

"É uma característica desta temporada, por conta das mudanças nos jogadores. Agora temos muito mais efetividade no ataque, com a chegada do Mbappé, que já marcou 33 gols e tem sido muito importante, e sofremos um pouco mais na defesa. Isso é normal. Quando se opta por uma coisa, é preciso fazer escolhas. Pensamos em manter essa efetividade ofensiva e trabalhar melhor coletivamente no aspecto defensivo", explicou.

O técnico italiano também admitiu que há espaço para dar mais minutos a Endrick e Arda Güler:

"Eles podem ter uma oportunidade, assim como tiveram nas últimas partidas. Mostraram que podem ajudar o time neste momento tão importante."