O Corinthians atingiu na noite da última quarta-feira seu ponto mais negativo da temporada. A equipe alvinegra está há sete jogos sem vencer, marca cumprida com a derrota por 2 a 1 para o CSA em Maceió. O presidente Andrés Sanchez esbravejou depois do duelo sugerindo mudanças drásticas, mas há tempo para isto?
O Timão militou na zona do G-4 em boa parte do Campeonato Brasileiro, mas foi ultrapassado por São Paulo, Grêmio e Internacional, estando atualmente em sétimo - fora até da classificação para a fase preliminar da Libertadores de 2020. O próximo jogo é contra o líder Flamengo no Maracanã.
"Já vi time perder, mas se entregar não pode. Está apático. Quem quiser sair de férias já pode. Todo mundo tem culpa, mas quando ganha ou perde quem joga tem culpa. Não pode ficar nesse marasmo", disse Andrés em Maceió.
O técnico Fábio Carille segue cobrado pela torcida, mas continua no comando do Corinthians. O presidente do clube foi o único a se pronunciar na noite que terminou com tentativa de invasão do hotel em que os jogadores estavam concentrados realizada por cerca de 30 torcedores.
"Nestas horas tem que ter mudança drástica, se não reagir tem que ter mudança drástica. Até na diretoria. Não dá para ter paciência, não tem mais paciência. Nós perdermos do Flamengo é normal, ganhar é normal, mas jogando", afirmou Andrés Sanchez.
O Corinthians ganhou o Campeonato Paulista em 2019, mas o desempenho nos outros torneios não encontrou o mesmo sucesso. O Timão caiu para o Flamengo nas oitavas de final da Copa do Brasil e foi eliminado na semifinal da Copa Sul-Americana pelo Independiente del Valle.
No Brasileirão, são sete jogos sem vencer, pior marca do clube desde 2013. Sobrando apenas nove rodadas para o fim da temporada, o tempo é curto para as mudanças drásticas que Andrés deseja. Carille é criticado pela insistência em ideias que não funcionam, como a manutenção de Manoel e Danilo Avelar entre os titulares, além da escalação de Pedrinho descentralizado, onde renderia mais. As alterações que tentou também não renderam positivamente.
Uma troca no comando na virada para novembro seguiria uma estratégia de pouco sucesso neste Brasileirão. Nas últimas semanas, equipes como Fluminense, Cruzeiro e Atlético-MG trocaram de comando para buscar um novo fôlego, mas os resultados não acompanharam a ideia. O ano vai se encerrando para o Timão com poucas soluções para uma melhora imediata.