A presidente da Croácia, Kolinda Grabar Kitarovic, se tornou um dos símbolos da seleção na Copa do Mundo. Carismática, ela viajou para a Rússia com o dinheiro de seu próprio bolso e pagou por seus ingressos. Nada de usar dinheiro público, ao contrário dos políticos de certos países. Além disso, nada de trajes formais, ela acompanhou os jogos devidamente uniformizada.
Kolinda viu os duelos contra Dinamarca e Rússia, quando a Croácia precisou da prorrogação e dos pênaltis para se classificar nas oitavas e quartas de finais, mas não viu o embate com a Inglaterra, nas semifinais, porque estava em um compromisso oficial da cúpula da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Ela, porém, vai acompanhar a decisão contra a França, neste domingo (15), às 12h (de Brasília), em Moscou, e admitiu estar ansiosa com a primeira final de Copa do Mundo da história da Croácia.
"Transbordo entusiasmo. Não sei como vou aguentar. Parto para ver a final, não apenas como uma política, mas como torcedora apaixonada pelo futebol croata, assim como alguém que já jogou futebol", disse.
Além de tudo, Kolinda também representa a transformação da Croácia nos últimos 23 anos. Independente de forma oficial desde 1995, o país ainda sofre com as mortes da guerra de independência, que matou cerca de 20 mil pessoas, e causou muita dor e destruição, mas se orgulha de ter conseguido se reconstruir.
A Croácia tem um altíssimo índice de IDH e uma das economias mais fortes da região dos Bálcãs. A seleção de futebol está na final da Copa do Mundo e, mesmo sendo um país jovem, já tem sua primeira presidente, algo que demorou muitos e muitos anos para acontecer em outros países.