A detenção de Josep Maria Bartomeu nessa segunda-feira fez o ex-presidente do Barcelona passar a madrugada na delegacia. Por volta das 12h (horário local) desta terça-feira, ele recebeu liberdade provisória.
A juíza Ariadna Gil permitiu que Josep Maria Bartomeu siga respondendo em liberdade às acusações envolvidas no 'Barçagate'. Além dele, havia sido detidos: Jaume Masferrer, ex-assessor de Bartomeu; Ramon Gomez Ponti, diretor jurídico, e Oscar Grau, CEO do clube.
Os dois últimos não tiveram de passar a noite na delegacia, enquanto Massferrer recebeu as mesmas condições de Bartomeu nesta terça-feira. Todos exerceram seu direito de não se pronunciar.
Os possíveis crimes envolvidos no caso são de administração desleal e corrupção entre particulares. O primeiro se caracteríza pelo uso de dinheiro de forma desnecessária em uma entidade, lesando-a. O segundo envolve a existência de preços superfaturados, com possívei benefício de alguma parte com uma comissão (suborno).
Em caso de condenação, a pena pode ser de seis meses a quatro anos de prisão. A estimativa de especialistas, se a Justiça considerar os réus culpados, é de que a pena seja de mais de três anos devido à quantidade de dinheiro.
Entenda o 'Barçagate'
O 'Barçagate' estourou após a revelação de que a gestão Bartomeu contratou a 'I3 Ventures', uma empresa de mídia para monitorar comentários de jogadores e até ídolos do clube, como o técnico Pep Guardiola, nas redes sociais. Há a suspeita também de que "robôs" foram criados para atacar possíveis candidatos de oposição da próxima eleição. O presidente negou as acusações, mas acabou rescindindo o contrato com a empresa e foi criticado internamente por "falta de contundência" no caso.
March 1, 2021