Poderia ser a tensão de uma decisão de título para a Argentina, que veio ao Brasil em busca seu primeira conquista de Copa América em 26 anos. Mas, por pior que fosse o momento albiceleste, ninguém imaginaria que os hermanos chegariam para o duelo contra o Qatar, no encerramento do Grupo B, ainda buscando a primeira vitória nessa edição 2019 - o único resultado que os credenciaria à classificação à próxima fase.
Enquanto o apito não soa para o duelo do próximo domingo (23), em Porto Alegre, a Argentina ainda tenta assimilar a pressão daquela que vem sendo sua pior campanha em anos. Para Lionel Scaloni, pode ser a última chance de apresentar alguma melhora dentro de campo, em pouco menos de um ano de um trabalho que começou no pós-Mundial de 2018: um possível time com mudanças no meio de campo e na frente, espera-se, para iniciar uma reação já na Arena do Grêmio.
No que depender do torcedor não vai faltar apoio até o apito final, mas a cobrança é uma certeza em caso de um vexame. Dezenas de argentinos receberam o ônibus no Beira-Rio para o primeiro treino em solo gaúcho, nesta sexta-feira (21), e aguardaram por mais de três horas enquanto o elenco trabalhava a portas fechadas. Na saída, a primeira cobrança: o ônibus da delegação se escondia por trás da escolta policial e dos carros da organização, e os hinchas pediam, 'o que é isso, queremos saudar vocês!'.
Quando a comitiva saiu, as mensagens de apoio - algumas delas que até santificavam Lionel Messi como o salvador da Albiceleste - contrastavam aos cantos de 'no domingo, temos de ganhar'.
Você tá achando que a a Argentina está em crise?