O campeão em título da Copa Libertadores chegou ao Brasil com um empate no marcador que se avizinhava perigoso. O Cruzeiro, em dia de festa (43 anos da primeira conquista do torneio) queria reivindicar-se e avançar mais um patamar.
A Raposa entrou melhor no encontro e logo aos 4' deu trabalho a Armani (o melhor em campo). Marquinhos Gabriel fica com a bola após erro da defesa do River, deixa o defesa para trás e cruza para a pequena área, mas Armani afasta a soco.
Aos 16 minutos aconteceu a melhor de todas as oportunidades do encontro. Thiago Neves recebe pela direita e cruza para Pedro Rocha, que falha no domínio, mas ainda consegue finalizar. Armani, no entanto, faz um milagre para salvar o River. A bola ainda bate na trave.
Depois do susto, o River Plate tentou assumir o domínio do encontro mas a finalização não estava afinada. Até ao final da primeira parte, as equipas iam disputando a bola e criando ocaisões de perigo que mereceram a intervenção de Armani e Fábio mas o golo teimou em não chegar.
A segunda metade arrancou morna até que aos 58 minutos, Armani é novamente chamado a intervir. Romero escapa em velocidade e serve Thiago Neves. O camisola '10' dá para Orejuela, que remata e obriga o guarda-redes argentino a afastar para canto.
A partir dos 60 minutos, o jogo entrou num impasse com as equipas a encaixarem e a tentarem a todo o custo evitar sofrer um golo. Foram vinte minutos em que as trocas de passes foram o mais evidente e o trabalho dos guardiões diminuiu... até aos 80 minutos.
Nos últimos dez minutos do tempo regulamentar, a ideia das equipas mudou e começaram a procurar a fuga às grandes penalidades.
Primeiro foi o Palmeiras por intermédio de Fred. O brasileiro recebe um excelente passe de Dedé e serve para Marquinhos, que entra na área e é desarmado ao tentar ajeitar. De seguida, foi a vez do River atacar com perigo. Suarez recebe pelo meio da defesa e finaliza para defesa de Fábio, no ressalto Dedé afasta o perigo.
Depois disto as equipas voltaram a temer. Tentativas de chegar à baliza mas sem perigo tanto para Armani como para Fábio. O encontro terminou e ninguém conseguiu abrir o marcador.
Foi necessário recorrer à marca das grandes penalidades para descobrir a equipa que seguiria para os quartos e foi aqui que Armani voltou a brilhar. Defendeu duas grandes penalidades (a Henrique e a David) e garantiu que a sua equipa seguisse em frente.
O campeão pela mão de Armani deixa a Raposa pelo caminho. Depois de uma eliminatória sem golos, foi na marca das grandes penalidades que o guardião argentino destruiu o sonho do Cruzeiro e agora aguarda para descobrir o seu rival.