A Associação Uruguaia de Futebol (AUF) foi multada nesta sexta-feira pelo Ministério da Saúde Pública (MSP) do país por descumprir o protocolo sanitário do Complexo Celeste, local de concentração das seleções, onde enfrentaram, até momento, 16 casos positivos de COVID-19.
O fato foi informado pelo ministro dessa pasta, Daniel Salinas, através do Twitter, na qual detalhou que a multa seria de cerca de 534.000 pesos uruguaios (cerca de 10.234 euros).
“O MSP multa a AUF com 500 Unidades Reajustáveis por descumprimento dos protocolos sanitários do 'Complejo Celeste'”, escreveu.
A delegação uruguaia que enfrentou a dupla data das eliminatórias sul-americanas da Copa do Mundo do Catar 2022 - pelas partidas contra Colômbia e Brasil - já acumula 16 casos positivos, o mais recente conhecido foi o do capitão Diego Godín.
O primeiro a ser conhecido foi o de Matías Viña, jogador do Palmeiras, clube que já registrou 15 casos nos últimos dias.
Até agora, os jogadores infectados são: Viña, Rodrigo Muñoz, Alexis Rolín, Luis Suárez, Diego Rossi, Darwin Núñez, Lucas Torreira, Gabriel Neves, Brian Rodríguez e Diego Godín.
Preocupante, sem dúvida, é a figura do técnico do Uruguai, Óscar Washington Tabárez, de 73 anos e em delicada condição física.
Nesta quinta-feira, em diálogo com a 'EFE', o presidente da AUF, Ignacio Alonso, garantiu que “todos os cuidados” foram tomados para evitar o coronavírus.
Além disso, disse que "pela sequência do aparecimento" dos casos positivos, acredita que o contágio ocorreu na Colômbia, onde a 'Celeste' disputou o primeiro dos dois jogos.
Por sua vez, a imprensa espanhola captou o desconforto do presidente do Atlético de Madrid, Enrique Cerezo, que ressaltou que no Uruguai "não tiveram o controle".
"Na Espanha há um controle a cumprir. Aqui os jogadores não tomam banho nos vestiários. Nós os controlamos antes e depois do jogo e do treinamento. Os perdedores são os clubes", afirmou.