O ataque do Barcelona está quase que todo representado nesta Copa América. A única grande ausência nesta edição 2019, realizada no Brasil, é Ousmane Dembélé. Mas apenas porque é francês: Lionel Messi, Luis Suárez e até mesmo Philippe Coutinho – embora tenha atuado muitas vezes mais recuado na linha de meio de campo – talvez sejam as maiores estrelas na busca pelo título continental mais antigo do mundo.
A primeira rodada, entretanto, reservou sensações diferentes para os barcelonista. Lionel Messi, o maior craque na história do Barça, foi quem teve o desafio mais difícil. E, mais uma vez, não conseguiu decidir para a Argentina. Dentro da Fonte Nova, em Salvador, o camisa 10 viu a Colômbia vencer por 2 a 0 e deixou Salvador cabisbaixo.
Messi não conseguiu acertar nenhum passe-chave, aquela bola que deixa o companheiro em grandes condições de marcar. Aguero mal tocou na bola e Lionel ficou muito longe da área. E quando esteve dentro dela, não converteu em gol a melhor chance da argentina no jogo: o cabeceio após defesaça de Ospina foi para fora. A sina de muito tentar e não conseguir resolver pela Albiceleste seguiu tão forte quanto muitas vezes: na comparação com os jogos de Coutinho e Suárez, Messi conseguiu finalizar mais vezes sem ser bloqueado pelo oponente [4] e acertou o mesmo número de finalizações na direção da meta [2]... mas não estufou as redes.
Caso contrário de Philippe Coutinho, que ainda que não tenha feita uma partidaça pelo Brasil foi decisivo contra a Bolívia justamente nas suas duas finalizações certeiras: a primeira, um pênalti convertido para inaugurar o marcador e fazer a Bolívia abrir espaços; o segundo, cabeçada dentro da pequena área aproveitamento belo cruzamento de Roberto Firmino após troca de passes com Richarlison. Se a sua fase no Barcelona, onde veio atuando mais recuado pelo meio-campo, não é das melhores, na seleção ele virou a maior referência técnica após o corte de Neymar.
Já Luis Suárez surpreendeu não pelo gol e assistência que fez e deu nos 4 a 0 do Uruguai sobre o Equador, domingo (16), no Mineirão, mas o fez quando analisamos o contexto de sua chegada para o torneio, precisando se recuperar rapidamente de uma lesão no joelho. O atacante já não é nenhum garoto, mas aos 32 anos se recuperou a tempo de fazer o que mais sabe: ser decisivo com gols.
Suárez surpreendeu pela recuperação rápida e o faro de gols, Coutinho o fez pelos dois tentos anotados. Mas o principal jogador do Barça voltou a reforçar o quanto decide muito mais pelo seu clube do que pela seleção argentina. Mas ainda há uma segunda rodada para mudar este quadro. Que venha ela!