Não contar com a presença de Neymar tem lá os seus benefícios, principalmente quando os adversários pela frente da Seleção Brasileira são Panamá e República Tcheca. Oportunidades de ouro para Tite aplicar uma estratégia que é constantemente cobrada por torcedores e também jornalistas: apostar na juventude.
Casemiro não é propriamente um jovem, mas, aos 27 anos, foi o escolhido para vestir a braçadeira de capitão contra os panamenhos. Levou a melhor na "disputa" com Miranda, que, aos 34 anos, é visto internamente como um dos maiores líderes do grupo.
Richarlison, de apenas 21 anos, assumiu momentaneamente a vaga no ataque. Em alta no futebol inglês, onde já é referência do Everton, promete compor um trio interessante ao lado dos "veteranos" Philippe Coutinho (26) e Roberto Firmino (27).
A ausência do craque do PSG nos dois últimos amistosos antes da Copa América no Brasil também abriu espaço para o surgimento de novidades na convocação. Vinicius Junior, de 18 anos, foi o primeiro a ser chamado. Acabou por sofrer uma lesão no tornozelo direito e, com isso, deu lugar a outro garoto: David Neres, de 22 anos, que vive grande fase no Ajax.
Até mesmo Lucas Paquetá, de 21 anos, pôde tirar vantagem sem Neymar, que, recorde-se, está em fase final de recuperação da fratura no quinto metatarso do pé direito. Herdou a pesada camisa 10. Uma responsabilidade e tanto para uma das principais esperanças do futebol brasileiro no momento.
Já o papel de protagonista... Bom, o papel de pratoginista não é uma escolha de Tite. Ele escala, potencializa e, depois, espera que os jovens busquem o brilho natural. Richarlison, Lucas Paquetá e, principalmente, Vinicius Junior têm capacidade para tal. As apostas estão feitas. Está nas mãos deles. Nos pés, na verdade.