Zidane clarificou frente ao Betis aquilo que tem mostrado desde que regressou ao Real: não quer Gareth Bale na próxima temporada. Há algum tempo que o técnico baixou o polegar ao "Expresso de Cardiff", que ficou sem disputar um só minuto naquele que poderá ter sido o seu último jogo com a camisola branca.
Pode ser, há que realçá-lo. Porque Bale, que esteve com muitos risos no banco enquanto a sua equipa sofria a última derrota da temporada, tem a intenção de se manter em Madrid. Não quer sair, pelo menos sem cobrar os três contratos que tem assinados. A "Radioestadio", depois do encontro, colocou na sua boca uma frase contundente.
"Tenho três anos de contrato. Se quiserem que eu saia que me paguem 17 milhões netos por temporada. E se não fico aqui. Se tiver que jogar golfe, jogo", disse supostamente Bale no balneário do Real, deixando claro que não será tão fácil encontrar uma saída que os "merengues" querem que aconteça ou sim ou sim.
O maior problema ao dia de hoje, para além da vontade do jogador, é que não chegaram ofertas ao Santiago Bernabéu por Bale, que fechou a temporada com apenas 14 golos e seis assistências a seu ver, divididos pelas suas 42 aparições. No ano em que tinha de substituir Cristiano, Bale assinou a sua segunda pior temporada como madridista.
Esta circunstância, unida às constantes lesões, fizeram que o seu valor de mercado se reduzisse. Zidane já lhe mostrou a porta de saída, tem claro que a etapa de Bale no Bernabéu terminou. Mas o desejo do jogador, em vésperas de abertura de mercado em Espanha, é permanecer na capital.
Nas últimas semanas, o seu agente, o peculiar Jonathan Barnett, repetiu uma e outra vez que Bale tem contrato com o Real, se sente cómodo e quer lutar por um posto. É uma luta sem fim entre o clube e o jogador, que pode demorar mais do que a conta para os movimentos que o Real tem em mente.