O empate em 1 a 1 no El Clásico disputado no Camp Nou, pela 14ª rodada do Campeonato Espanhol, teve um sabor mais doce para o Real Madrid. Afinal de contas, a igualdade veio aos 90 minutos graças a uma cabeçada desferida por Sergio Ramos.
Autor do tento barcelonista, também de cabeça, Luis Suárez endossou que o resultado teve um ‘gosto de derrota’ para o clube catalão, e disse que agora o Barça vai ter que secar o grande rival na corrida pelo título espanhol. Abaixo, confira o melhor da repercussão pós-jogo!
“Nós fizemos tudo o que podíamos para conseguir os três pontos, mas o futebol é assim. Eles foram pra cima no final”, disse para a BeIN Sports. “Nós fomos melhores, criamos mais chances... mas quando você não marca o gol e o jogo vai se fechando essas coisas podem acontecer”.
“Nós precisamos ser fortes em casa. Agora temos que seguir e esperar que o Real Madrid perca pontos”, finalizou o uruguaio.
“Não é o melhor resultado para a gente, ainda mais depois de ver a igualdade que existe entre as equipes. Os dois times tiveram boas oportunidades”, avaliou. “Na segunda parte nós damos um plus e nos adiantamos para evitar o que só pode acontecer no futebol”, disse Luis Enrique antes de fazer uma crítica velada ao meio-campista Arda Turan, autor da falta que acabou ocasionando no empate madridista.
“Em um jogo desta magnitude é difícil controlar tudo, mas o Madrid empatou nos últimos minutos em uma de suas ações mais características”, disse. “Existia a indicação de não fazer falta, mas na última isso não aconteceu... as ordens dos treinadores são claras, mas para os jogadores é difícil controlar. Defendemos muito bem no jogo aéreo do rival, não aceitaria enforcar só um jogador. Aqui ganhamos e perdemos todos”.
Em meio à sensação ruim do empate, o ponto positivo para Luis Enrique foi o retorno de Andrés Iniesta: “É um jogador diferente, e por isso tem esse reconhecimento mundial. Estamos felizes que tenha voltado”.
Herói do empate, Sergio Ramos destacou o equilíbrio do jogo e disse que, a seu ver, o empate também não foi um resultado merecido: “Era necessário para poder seguir somando, o time fez um trabalho bom e difícil. Mas o resultado, na maneira que eu vejo futebol, não foi de todo justo. O meu gol veio em uma oportunidade, um bom cruzamento do Modric. Um grande gol, estou feliz por esse gol”.
“Foi uma partida muito disputada, duas equipes que queriam a posse de bola. É verdade que, no primeiro tempo, tivemos mais oportunidades de gols, faltou eficiência, mas o trabalho acaba dando essa recompensa. Um ponto é melhor do que nada (...) É um prêmio ao bom trabalho que fizemos desde o princípio, não dá para ficar louco porque ainda tem muito campeonato a ser disputado, mas está claro que é melhor depender de você mesmo do que dos outros”, finalizou o capitão, que dedicou o tento e o ponto à Chapecoense.
Apesar de ter garantido que o empate não teve sabor de vitória, Zidane deixou claro a sua satisfação com o desempenho de seus comandados.
“Feliz com o ponto e com a partida que fizemos. Com o coração, nos doamos ao máximo. Jogamos contra um time muito bom e somamos um ponto, que é importante. É preciso destacar o coração desta equipe e o que fizemos juntos, acreditando até o fim. Conseguimos um empate importante”, disse Zidane, que não fez alarde com a diferença de seis pontos na tabela, em relação ao vice-líder Barcelona, e exaltou Sergio Ramos, herói do empate.
“Eu não fico surpreso, Sergio é assim. É um cara de muita personalidade e está sempre animado nessas partidas. Ele nunca baixa a guarda, e no final nos deixa isso. Está bom para nós”.
O francês também explicou por que colocou o brasileiro Casemiro no decorrer do clássico: “era para dar mais fôlego, e subir Kovacic e Modric no campo. Sabemos o que ele nos pode dar. Talvez tenhamos recuado um pouco mais no segundo tempo, e mudamos isso no final quando jogamos mais em cima com um 4-4-2. Sofremos contra um grande rival e não é fácil somar um ponto aqui”.