Superioridade infrutífera no ataque, erros decisivos em sua defesa. Esse foi o cenário da vitória por 2 a 1 do Real Madrid sobre o Bayern de Munique, na última semana, dentro da Allianz Arena. Foi também o pior jogo de Cristiano Ronaldo na atual edição da Champions League pelo Real Madrid.
Nesta terça-feira (1º), no jogo de volta das semifinais, a equipe alemã seguiu o mesmo roteiro, com direito até a uma falha grotesca no segundo gol madridista. Do outro lado, a melhora na equipe de Zidane foi bem pequena dentro do que poderia se esperar. O mesmo vale para Cristiano Ronaldo, que embora tenha se esforçado não conseguiu decidir.
O português, que não acertou uma finalização na Alemanha, conseguiu desta vez levar perigo ao gol de Ulreich em uma oportunidade. E só, embora tenha arriscado cinco vezes – um número bem mediano para o que estamos acostumados a ver de CR7 nesta edição de Champions.
As referências ofensivas não decidiram
O curioso é que Robert Lewandowski, goleador do Bayern, também não conseguiu decidir nas duas contendas: não fez gol, tampouco participou com assistência. Pior: o desempenho ofensivo dos bávaros só não pesou mais para a eliminação do que as falhas vitais que, nesta fase específica, ajudaram a pavimentar o caminho do Madrid para a sua 16ª final na máxima competição de clubes da Europa.
É curioso que logo no embate entre os times que mais vezes chegaram em semifinais de Champions, erros ‘infantis’ acabaram por decidir a classificação: nada de Cristiano Ronaldo ou Lewandowski, protagonistas maiores de suas equipes.
O erro de Rafinha na ida, e de Tolisso e Ulreich na volta, foram os maiores golpes no sonho do Bayern. A mão de Marcelo dentro da área, que o juiz não apitou, uma crueldade que pode fazer os bávaros se esquecerem do excesso de vacilos nos dois embates.
A equipe alemã jogou um futebol melhor nos dois encontros, mas não mereceu avançar pelo excesso de erros. Benzema e o goleiro Keylor Navas foram os heróis neste jogo de volta; Marcelo, referência na técnica – pelo gol e assistência no combinado dos jogos – e no lance polêmico. Vários protagonistas, e nenhum deles foi CR7. Isso é tão raro quanto alcançar grandes decisões em três anos seguidos.