Botafogo vence de novo o Nacional e garante vaga nas quartas de final onde irá enfrentar o poderoso Grêmio. Bruno Silva e Rodrigo Pimpão balançaram a rede para o time brasileiro. Uruguaios apelaram para a violência, mas não tiraram o brilho da classificação do Botafogo.
"Se mira y no se toca", dizem os castellanos especialistas em levantar as Copas Libertadores. O Botafogo seguiu à risca o dito futeboleiro e agregou outra palavra no vocabulário. Avassalador. Sim. O time de Jair Ventura que vem escrevendo e trilhando uma bela trajetória nessa edição do torneio sul-americano costuma jogar no limite em busca da glória.
Glória é de onde deriva o apodo do clube carioca - Glorioso. E em busca da glória máxima do Continente, o alvinegro começou o jogo a 100 por hora. Enquanto a massa botafoguense descia dos trens que vinham da Central do Brasil rumo à Baixada Fluminense para ingressar no Nilton Santos, Bruno Silva apareceu como um raio na área e abriu o placar aos 2 minutos.
Alegria nas arquibancadas e da torcida que ainda "molhava a palavra" antes de entrar na cancha. Ainda no meio do conteúdo da lata de cerveja ou do churrasquinho que é vendido no entorno do estádio, Rodrigo Pimpão aproveitou a mancada do zagueiro uruguaio e, na raça, fez o segundo do Bota. Tudo isso em apenas 6 minutos de bola rolando.
Os uruguaios que chegaram ao Rio com um placar adverso (0x1 em Montevidéu) se jogaram para cima tentando descontar o prejuízo sofrido logo de cara. Não era tão fácil assim. A esquadra dirigida pelo filho do Furacão Jairzinho jogava com o espírito copeiro. Concentrado e focado em matar o jogo nos contra-ataques, o Fogão soube administrar a vantagem nos 45 iniciais.
Com inteligência e sem afobação, os 11 de Ventura souberam administrar a vantagem construída ainda no lendário Estádio Gran Parque Central. Poderia até ter goleado o time uruguaio, mas os erros na útlima bola dos contra ataques deixou o escore construído na primeira etapa.
Patéticos em campo e nas arquibancadas (quebrando cadeiras do estádio), os uruguaios apelaram para a velha violência protagonizando cenas lamentáveis ao final do jogo. Ridídulo e patético foram as palavaras encontradas no vernáculo para definir o decadente time uruguaio. Força, competência e classificado foram as que definiram o time brasileiro
O Fogão garantiu uma bela classificação às quartas de finais da Libertadores. Para delírio dos mais de 40 mil botafoguenses que encheram o Niltão e voltarão de sorriso aberto para casa sonhando com a tão cobiçada Copa, que se mira y no se toca.