"Neymar não está 100% ainda".
Horas antes da estreia na Copa do Mundo da Rússia diante da Suíça, Tite já havia deixado o aviso. Quando a bola rolou, o Brasil ainda viu o craque ser caçado no gramado da Arena Rostov, ora por Behrami, ora por Xhaka, e acabou por saborear um amargo empate em 1 a 1.
O jogo
Com um ataque recheado de estrelas, era de se esperar a divisão de responsabilidades. Philippe Coutinho, então, surgiu como "elemento surpresa". Nem tão "surpresa" assim, na verdade: presença na entrada da área, olhar concentrado, chute cruzado e bola no fundo da rede. A receita para a especialidade do camisa 11 colocou os brasileiros na frente.
Superiores no primeiro tempo, com direito a toque de bola "descontraído" na defesa, os comandados de Tite até tiveram outras oportunidades de gol, uma com Paulinho e outra com Gabriel Jesus. O adversário, por sua vez, nem sequer deu trabalho para Alisson. Na única chance que teve, nos pés de Dzemaili, a finalização passou por cima do travessão.
A mudança de cenário mudou logo na volta do intervalo. Os suíços se lançaram ao ataque e passaram a pressionar mais. O banho de água fria na cabeça do Brasil surgiu logo nos minutos iniciais. Contando com um leve empurrão em Miranda, Zuber aproveitou o escanteio e subiu mais alto para igualar o placar.
Ao sentir a falta de posse de bola no meio-campo, Tite não tardou a mudar. Primeiro, tirou Casemiro e colocou Fernandinho. Momentos depois, sacou Paulinho para dar lugar a Renato Augusto. As alterações não surtiram efeito, tendo a Suíça, na base da velocidade, mantido com a pressão ofensiva.
Com lampejos de Neymar, (outro) chute perigoso de Coutinho e um pênalti pedido por Jesus, o Brasil fez o que pôde para buscar os três pontos. Porém, o velho e famoso ferrolho suíço não deu brechas para o azar. Nem mesmo a cabeçada de Roberto Firmino e os chute de Miranda e Renato Augusto, os três no fim do duelo, conseguiram tamanha façanha.