Brasil espera ver o mesmo Raphinha do Barcelona

Raphinha se tornou um dos melhores ativos ofensivos do Barcelona, o que diz muito sobre sua qualidade, considerando que a equipe conta com nomes como Robert Lewandowski e Lamine Yamal. O próximo passo para ele é demonstrar a mesma letalidade diante do gol, com a seleção brasileira.
Os dados do BeSoccer Pro mostram que o desempenho do jogador de 28 anos na seleção não se compara ao que apresenta no clube, ao menos em termos de números. A única estatística em que ele supera sua versão do Barcelona, é nos dribles. Com a camisa da Canarinho, ele tem uma média de 3,59 dribles tentados por jogo, com sucesso em dois deles. No Barcelona, essa média cai ligeiramente para 3,24 tentativas e 1,85 bem-sucedidos.
No quesito gols, o técnico da seleção brasileira, Dorival Júnior, espera que Raphinha consiga replicar seus números do clube no cenário internacional. O atacante soma 27 gols, em 42 partidas, nesta temporada, sob o comando de Hansi Flick, mostrando uma evolução exponencial em relação aos anos anteriores: 11, em 36 e 10, em 50, em suas duas primeiras temporadas na Espanha, além dos 10 gols, em 37 jogos, na sua última campanha pelo Leeds, em 2021-22. Em média, ele marca 0,65 gols por partida com os azul-grenás, contra 0,42 com a seleção brasileira. No quesito finalizações, ele arrisca 3,33 chutes a cada 90 minutos sob o comando do treinador alemão, enquanto a média cai para 2,53 com o técnico brasileiro.
Uma tendência semelhante pode ser observada nos dados de assistências: 0,43 por jogo no Barcelona, contra apenas 0,11 com a Canarinho. No aspecto dos passes, ele também se destaca mais pelo clube espanhol, completando quase três vezes mais passes-chave (1,15) do que na seleção (0,42). No geral, Raphinha tenta 35,6 passes por jogo pelo Barcelona, com 27,16 certos, enquanto na seleção os números caem para 29,23 tentados e 22,37 bem-sucedidos.
O desempenho ofensivo de Raphinha no Barcelona também se sobressai em outros aspectos. Ele realiza quase o dobro de cruzamentos bem-sucedidos pelo clube (1,15) em comparação com a seleção (0,63). O mesmo acontece com sua progressão com a bola. O ex-jogador do Leeds tenta avançar com a posse em média 6,69 vezes por jogo no clube, tendo sucesso em 2,59 dessas ocasiões, enquanto na seleção ele tenta 5,38 vezes, mas com um índice de sucesso de apenas 1,37.
Ao analisar esses dados, é importante considerar o contexto. Enquanto Raphinha tem brilhado no Barcelona, a crise que a seleção brasileira atravessa tem influenciado seu impacto no time nacional. Ainda assim, os números mostram que o Raphinha do Barcelona é um jogador mais letal, graças aos seus gols e à sua precisão. Esse fator pode ser crucial para o Brasil nos difíceis confrontos contra Colômbia e Argentina, nesta Data FIFA de março.