Mesmo com público baixo e morno, o Brasil jogou pra valer e demonstrou muita vontade na goleada de 7 a 0 sobre Honduras no Beira-Rio no último amistoso antes da Copa América.
Nos acostumamos a ver um Brasil apático e um pouco lento em amistosos contra seleções fracas, mas não foi o caso neste domingo.
A seleção começou de maneira agressiva, fez gols logo de cara e mesmo assim continuou forçando até o fim do jogo, com direito até a Richarlison dando carrinho para evitar um lateral aos 40 do segundo tempo.
Ao contrário do jogo contra o Catar, quando os jogadores pareceram levemente abatidos após a lesão de Neymar, o time jogou de maneira leve e confiante.
Claro que ajudou o fato do adversário ser fraco e ainda ter tido um jogador expulso ainda no primeiro tempo, mas em outras situações isso poderia ser sinônimo de salto alto ou pé no freio. Não dessa vez.
Destaque para a intensa movimentação dos atacantes. Sem Neymar, Philippe Coutinho assumiu o protagonismo na criação, seja com lançamentos, inversões de jogo e chutes de fora da área. Ele acertou duas bolas na trave e acabou marcando seu gol -depois de onze jogos de seca- em uma cobrança de pênalti.
Substituto de Neymar, David Neres deu seus dribles e cruzamentos na ponta esquerda e também guardou um bonito gol.
A briga pela posição de centroavante rendeu dois gols para Gabriel Jesus e um para Firmino, que entrou bem no segundo tempo.
Um dos jogadores mais ativos do time foi Richarlison, que se mexeu sem parar, sofreu pênalti, deu bons passes e foi premiado com o sétimo e último gol.
Efeito coletaral positivo da ausência de Neymar foi uma maior participação de outros jogadores do elenco. Ao invés de sempre procurar o craque no ataque, o Brasil ficou menos "manco" e distribuiu melhor o jogo entre seus atacantes.
O lado negativo foi a saída de Arthur ainda no primeiro tempo após uma pancada no joelho. A CBF indica que não é nada sério ao menos.
Um bom último amistoso contra um time fraco não é garantia de nada, mas a missão do domingo foi cumprida: o time estava organizado e motivado e os jogadores aproveitaram suas chances para começar a Copa América com otimismo.