Spartacus: ex-gladiador e um gênio militar nato. Dentro do estádio que leva o nome do famoso personagem da Roma antiga, o Spartak Stadium, em Moscou, o Brasil precisou (mais uma vez) da genialidade de Philippe Coutinho e da liderança de Thiago Silva para passar por cima dos guerreiros da Sérvia e, consequentemente, garantir a classificação às oitavas da Copa do Mundo para enfrentar o México. Guerreiros que, mais altos e mais fortes, até deram trabalho, mas não evitaram a vitória brasileira por 2 a 0.
A superioridade física dos sérvios era gritante. Gabriel Jesus parecia um ponto amarelo frente aos defensores, que, de fato, pareciam usar armaduras. Neymar, sobretudo no primeiro tempo, também teve bastante trabalho pelo lado esquerdo do ataque. Lado esquerdo, aliás, que perdeu Marcelo logo no início da partida - deixou o gramado com um espasmo na coluna.
Quase que como numa estratégia de guerra, os comandados de Tite tiveram de ter paciência e inteligência para achar os mínimos espaços. Jesus e Neymar, apesar da dura marcação, conseguiram furar a defesa, uma vez cada. Porém, não chegaram ao gol.
Até porque o primeiro tento estava destinado a ter um (belo) toque do general Coutinho. Com um lançamento brilhante, o camisa 11 colocou Paulinho cara a cara com o goleiro Stojkovic. Coube ao volante, então, abrir o placar com um toque sutil por cobertura.
A primeira batalha havia sido vencida, mas a guerra ainda não. Longe disso. Na volta do intervalo, a Sérvia resolveu brigar com os homens da linha de frente. Mitrovic teve duas oportunidades claras para empatar o jogo, mas desperdiçou ambas. Diferentemente de Thiago Silva. Em mais um atuação digna de aplausos de toda a tropa brasileira, o zagueiro anotou o gol da conquista do território. Da classificação, quer dizer. De cabeça, aproveitou o escanteio cobrado por Neymar e fincou a espada no chão (ou a bola dentro da rede). Que venham os guerreiros mexicanos!