E o Flamengo é novamente campeão carioca. Depois de um torneio repleto de polêmicas extra-campo, briga nos tribunais e final no SBT, o estadual do Rio de Janeiro acabou sem surpresas: o Rubro-Negro, grande favorito para a conquista do título, bateu o Fluminense nos dois jogos da decisão e levantou a taça pela 36ª vez.
Talvez o fator mais surpreendente dos dois jogos da final tenha sido mesmo os autores dos gols flamenguistas: os "reservas" Pedro, Michael e Vitinho marcaram os gols do título carioca.
O trio certamente seria titular na maioria dos times do Brasileirão da Série A, mas são utilizados como peças de reposição por Jorge Jesus. Diego, ex-titular da equipe, é outro que foi fundamental no primeiro jogo da decisão.
Cada vez mais soberano no Rio de Janeiro, o Flamengo mostra a força de seu elenco comparado ao seus rivais diretos: ainda que o Fluminense consiga criar chances com Evanílson e Marcos Paulo, pouco faz quando os titulares cansam. O Vasco tem substitutos abaixo da média para Cano, Talles Magno e Vinícius, enquanto o Botafogo ainda está montando seus 11 titulares - e conta com jogadores pouco elogiados como Luís Fernando brigando por posição.
Assim, jogadores que poderiam ser titulares absolutos em grandes clubes do futebol brasileiros são opções de banco na equipe comandada por Jorge Jesus - ruim para os rivais, ótimo para o Rubro-Negro.
Em um momento de maratona onde a força de cada elenco será testada - e poderão ser feitas cinco substituições no Brasileirão -, o clube carioca desponta como grande favorito à taça. Se não fossem já os titulares, que apresentam indiscutivelmente o melhor futebol do país, os reservas também dão conta do recado.
É claro que o futebol brasileiro é instável e hoje, por exemplo, ninguém sabe se Jorge Jesus fica ou não no clube, à medida em que um passo em falso pode significar que o Flamengo tenha em mãos um elenco caríssimo que pode começar a deixar de produzir. Mas as primeiras indicações são óbvias: o Rio de Janeiro será vermelho e preto por algum tempo.